CEO do BCP: "Quando se adiam soluções, fazem-se revoluções"
O presidente-executivo do BCP afirmou hoje que o resultado das eleições é "o resultado que os portugueses escolheram" e que não foi surpreendente, devido ao facto de se terem adiado soluções para vários problemas que o país enfrenta.
Nas eleições legislativas do passado domingo, 17 de maio, a AD viu reforçada a sua maioria relativa na Assembleia da República, enquanto o Chega atingiu um resultado histórico e o PS sofreu uma pesada derrota derrota eleitoral.
"O que temos de fazer, enquanto banco, é respeitar as decisões e as escolhas legítimas dos eleitores portugueses. E o banco tem de encontrar a melhor forma de apoiar os portugueses a prosperar, quer os particulares, quer as empresas", disse o banqueiro na apresentação de resultados trimestrais, lembrando que o BCP tem clientes de todas as cores políticas.
"Estou otimista relativamente à capacidade de os portugueses encontrarem um caminho de maior crescimento", acrescentou Miguel Maya, notando que "ninguém pode ficar muito espantado com estes resultados".
"Quando se adiam as soluções para alguns problemas que existem, fazem-se revoluções", disse o líder do maior banco privado português, que hoje divulgou um resultado líquido de 243,5 milhões de euros, no primeiro trimestre.