Lucro do BCP aumenta 3,9% no primeiro trimestre, para 243,5 milhões de euros
O Millennium BCP registou um lucro de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, mais 3,9% que no período homólogo do ano passado, anunciou o maior banco privado português num comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O mercado português deu o principal contributo para este resultado. O resultado líquido da operação doméstica ascendeu a 218,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 7,6% em relação aos primeiros três meses do ano. Já a operação na Polónia viu os seus resultados serem impactados por 130,8 milhões de euros em encargos associados à carteira de créditos hipotecários em francos suíços. Devido a esse impacto, o Bank Millennium teve lucros de apenas 42,8 milhões de euros.
A margem financeira, que corresponde à diferença entre aquilo que os bancos cobram em juros e aquilo que pagam pelos depósitos, teve uma subida de 3,6% face ao mesmo período de 2024, para 721,1 milhões de euros. Depois de vários anos em que a margem financeira teve um crescimento muito significativo, devido à subida das taxas de juro, desde o final de 2023 que a margem do BCP tem vindo a estabilizar, à semelhança da generalidade dos bancos.
A base de clientes superou a fasquia dos sete milhões, com destaque para um aumento de 9% na base de clientes mobile, que neste momento representam 72% do total.
Por sua vez, os recursos de clientes cresceram 6,1% para 104,6 mil milhões de euros, enquanto o crédito concedido aumentou 2,2% para 58,1 mil milhões.
Os custos operacionais tiveram uma subida de 10% no primeiro trimestre, para 339,7 milhões de euros.
Libertação de provisões para crédito malparado aumenta lucros
Os ativos não produtivos tiveram uma diminuição significativa face a março de 2024, com 232 milhões de euros em crédito malparado, 43 milhões em imóveis recebidos por recuperação e 39 milhões em fundos reestruturação. As imparidades de crédito tiveram uma diminuição de 24% e, com a libertação de provisões anteriormente concedidas, esta rubrica teve um impacto positivo de 55,8 milhões de euros nas contas do BCP. As passo que as outras imparidades e provisões, já incluindo as recuperações, tiveram um impacto positivo de 131 milhões de euros.