Centeno: "Não vou ser candidato à Presidência da República"
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Centeno: "Não vou ser candidato à Presidência da República"

Governador do Banco de Portugal fala numa "decisão pessoal" tomada no seu "círculo pessoal".
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Mário Centeno afastou esta quinta-feira uma candidatura a Belém. "Não vou ser candidato à Presidência da República", assegurou o governador do Banco de Portugal. "Não está no meu horizonte que isso aconteça", acrescentou no programa "Grande Entrevista", da RTP3.

“É uma decisão pessoal, tomada dentro do meu círculo pessoal, da minha família, da visão que eu tenho – pessoal e profissional – de mim mesmo, e daquilo que eu quero fazer no futuro”, justificou.

Na mesma entrevista, Centeno falou ainda na polémica sobre os cerca de 15 mil euros de vencimento que Hélder Rosalino iria auferir como secretário-geral do Governo. “Não chega a ser um caso”, disse Centeno.

"O Banco de Portugal não se recusou a pagar nenhum salário, simplesmente porque o Banco de Portugal não pode pagar salários da administração pública. Isso é financiamento monetário, vai contra os tratados e vai contra a lei orgânica do BdP”, explicou o governador do Banco de Portugal à RTP.

Para o ex-ministro das Finanças, “se houve precedentes" no passado, "eles estão fora da lei. Aquilo que nós temos de a cada momento fazer é aplicar a lei".

"A lei é muito clara sobre esse aspeto”, disse Mário Centeno, referindo que irá esclarecer este e outros temas na Assembleia da República na próxima semana.

A semana passada, os deputados aprovaram por unanimidade um requerimento do Chega para o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ser ouvido no parlamento sobre a política de recursos humanos do Banco de Portugal, nomeadamente as remunerações dos consultores, após a polémica pública relacionada com a intenção do Governo de nomear Hélder Rosalino (ex-administrador e atual consultor do Banco de Portugal) para secretário-geral do Executivo.

A polémica aconteceu depois de se saber que o Governo legislou para que Rosalino mantivesse o vencimento de origem do Banco de Portugal (cerca de 15 mil euros) e que queria que esse fosse pago pelo banco central, o que levou a uma recusa pública do Banco de Portugal que esclareceu em comunicado que não asseguraria o encargo com as remunerações de Rosalino.

Com Lusa

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