Tiago Abreu foi diversas vezes candidato dos centristas à Câmara de Elvas.
Tiago Abreu foi diversas vezes candidato dos centristas à Câmara de Elvas.Filipe Amorim/Global Imagens

CDS-PP afasta ex-assessor da Câmara de Lisboa investigado por pornografia infantil

Despacho de desfiliação foi assinado neste sábado pelo secretário-geral dos centristas, Pedro Morais Soares. Tiago Abreu também deixou de ser assessor do vice-presidente da Câmara de Lisboa.
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O CDS-PP afastou o antigo assessor da Câmara de Lisboa Tiago Abreu, que está a ser investigado por suspeitas de partilha de pornografia infantil. O despacho de desfiliação foi assinado neste sábado pelo secretário-geral dos centristas, Pedro Morais Soares.

Tiago Abreu, que era assessor do vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacorreta Correia, e que foi candidato do CDS-PP à Câmara de Elvas, terá sido pressionado a afastar-se do partido na sequência de uma notícia da TVI/CNN Portugal, emitida a 21 de fevereiro, a dar conta de que o Ministério Público do Seixal já terá recebido um relatório da Polícia Judiciária com a proposta de acusação.

Segundo uma nota de imprensa divulgada pelo CDS-PP, "aquando da emissão da mencionada peça da TVI, a pessoa visada já não desempenhava funções como assessor na Câmara Municipal de Lisboa" e "a mesma pessoa já não é membro do CDS, tendo o seu afastamento definitivo do partido sido confirmado por despacho do secretário-geral do CDS".

A investigação começou com mensagens que terão sido trocadas por Tiago Abreu com uma mulher de Ponte de Sor, nas quais o ex-assessor da Câmara de Lisboa, envolvido na organização das Jornadas Mundiais da Juventude, realizadas em 2023, descrevia abusos sexuais cometidos com uma criança de 12 anos.

Depois de a mulher ter apresentado queixa à GNR de Ponte de Sor, a Polícia Judiciária fez buscas na casa de Tiago Abreu a 13 de maio de 2024. Nessa altura foi apreendido o telemóvel do suspeito, conduzido para as instalações da polícia de investigação criminal em Setúbal, onde foi confrontado com fotografias em que se podia ver a menor parcialmente despida e a ser tocada em zonas íntimas pelo ex-assessor da Câmara de Lisboa.

Também incluída neste inquérito está uma queixa-crime da ex-mulher de Tiago Abreu, por alegado abuso sexual da filha do casal, que tem seis anos. Por seu lado, o ex-assessor da Câmara de Lisboa acusa a ex-mulher de substração de menor, pois deixou de ser autorizado a ter contacto com a filha desde as buscas realizadas pela Polícia Judiciária.

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