A ex-coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, oficializou na manhã deste sábado, 18 de outubro, a sua candidatura às Eleições Presidenciais de 2026. O anúncio foi feito no Porto, cidade onde a candidata do BE nasceu.“Crescer com a democracia é um superpoder”, afirmou a antiga coordenadora bloquista, sublinhando que “o futuro não está escrito” e que seus apoiantes “têm nas mãos a caneta para o escrever”.No discurso, realizado na Galeria Geraldes da Silva, Catarina Martins recordou a infância passada em São Tomé e Cabo Verde, evocando o valor da liberdade e da descolonização no seu regresso à Portugal. "A soberania e a cidadania plenas do povo português nasceram pela descolonização: somos iguais. E só como iguais somos livres”, disse a candidata, que citou Amílcar Cabral e Salgueiro Maia. A bloquista apresentou-se ainda como uma candidata “que cuida de uma democracia forte, que ocupa todos os lugares das nossas vidas, nas escolas, nas empresas, nos bairros”, lembrando o percurso político e os resultados alcançados enquanto líder do BE: “Aumentámos o salário mínimo e as pensões, reduzimos as propinas e garantimos manuais escolares gratuitos”, sublinhou.Relembrando a política externa de seu partido, citando a Guerra dos Balcãs, os refugiados da Síria e da Ucrânia, e a "coragem para apoiar o povo de Gaza na Flotilha Humanitária", Catarina Martins defendeu o papel de Portugal na promoção da paz. "Não é tarde demais, nem Portugal é pequeno para ser a voz da paz e do direito internacional no mundo. Estes valores estão inscritos na história da nossa democracia e são o meu alfabeto", pontuou.Com o anúncio da candidatura, a ex-líder do BE junta-se assim a André Ventura, António Filipe, António José Seguro, Henrique Gouveia e Melo, e Luís Marques Mendes na corrida à Belém. As eleições estão previstas para janeiro de 2026. .Bloco de Esquerda mantém intenção de futuras coligações com o Livre.António Filipe defende que António José Seguro "não tem posicionamento de esquerda"