O que Costa Neves, a mando de Luís Montenegro, concluiu - “nada de significativo” - e o que Hugo Soares, secretário-geral do PSD, lendo o relatório do agora secretário-geral do Governo, sustentou (porque não havia “infrações” de “cariz disciplinar” e por isso “nada de significativo”) foi arrasado pelo DIAP de Lisboa e abriu uma “crise autárquica” no PSD, em particular, na Área Metropolitana de Lisboa: os rostos de topo na concelhia e na distrital são acusados, entre outros crimes, de “corrupção” e “recebimento indevido de vantagem”. Ao DN, fonte da direção do PSD considera que “nenhum” dos acusados “reúne condições” para “continuar” nos cargos que ocupam. Basta, acrescentou, por comparação, ver que “por muito menos” Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local, “se afastou” do Governo.Sendo Lisboa uma “aposta nacional”, diz fonte parlamentar, “não se pode ter três presidentes de junta acusados de corrupção, um vereador do Moedas dos mais importantes acusado de receber vantagens. Ainda por cima, dois deles com responsabilidades nas autárquicas” desde ano.A pressão interna “de dirigentes de topo do partido e do Governo” e “até de Moedas” e o pedido do MP para que “em caso de condenação” fosse “declarada a perda dos mandatos” e “inelegibilidade em atos eleitorais” - decisão que abrange 13 dos 60 acusados - levou Luís Newton a pedir a suspensão do “mandato como deputado” no Parlamento por “lealdade” ao “partido” ao “Governo” e Ângelo Pereira a “pedir” a suspensão de mandato na Câmara de Lisboa “para requerer a abertura da instrução” . “Coragem”, elogiou Moedas. “Deviam ter ido mais longe”, diz ao DN fonte dirigente do PSD. Nem Luís Newton, nem Ângelo Pereira, pelo menos até ontem à noite, tinham pedido a demissão, respetivamente, da concelhia e da distrital. Direção do partido e da bancada parlamentar pediram “silêncio”, em particular, sobre os dois deputados do PSD acusados: Carlos Eduardo Reis e Luís Newton. Ao que o DN apurou a retirada de confiança política “é uma hipótese”. .Tutti Frutti: MP quer 27 acusados a devolver ao Estado quase meio milhão de euros. Veja quem e porquê.Luís Newton, deputado, presidente da Junta da Estrela e líder da Concelhia do PSD Lisboa é acusado de 10 crimes: cinco de corrupção passiva e cinco de prevaricação.Ângelo Pereira, vereador de Carlos Moedas e líder da distrital PSD da Área Metropolitana de Lisboa é acusado de um crime de recebimento indevido de vantagem.Vasco Morgado, presidente da Junta de Santo António, é acusado de 27 crimes: 17 de corrupção, sete de prevaricação e três de branqueamento. Fernando Braamcamp, presidente da Junta do Areeiro, é acusado de 39 crimes de corrupção passiva. A este grupo junta-se o segundo dos deputados, Carlos Eduardo Reis que é acusado da prática de 22 crimes: seis de corrupção, seis de prevaricação e cinco de tráfico de influência. No PS, surgem três nomes relevantes entre os acusados. Ana Sofia Oliveira Dias, presidente da Junta de Penha de França, é acusada de um crime de corrupção passiva agravado; Inês Drummond, vereadora PS sem pelouro na Câmara de Lisboa, é acusada de quatro crimes de prevaricação; e Rui Paulo Figueiredo, deputado na Assembleia Municipal de Lisboa, que é acusado de um crime de corrupção passiva agravado - até ao final da noite não havia indicação de que fossem “requerer” a suspensão dos mandatos. .60 acusados. Medina ilibado. O Caso Tutti Frutti em cinco respostas .Fernando Medina foi ilibado neste processo. Duarte Cordeiro, que nunca foi arguido, apesar de investigado, também foi ilibado pelo MP. “Uma boa notícia”, disse Pedro Nuno Santos.
O que Costa Neves, a mando de Luís Montenegro, concluiu - “nada de significativo” - e o que Hugo Soares, secretário-geral do PSD, lendo o relatório do agora secretário-geral do Governo, sustentou (porque não havia “infrações” de “cariz disciplinar” e por isso “nada de significativo”) foi arrasado pelo DIAP de Lisboa e abriu uma “crise autárquica” no PSD, em particular, na Área Metropolitana de Lisboa: os rostos de topo na concelhia e na distrital são acusados, entre outros crimes, de “corrupção” e “recebimento indevido de vantagem”. Ao DN, fonte da direção do PSD considera que “nenhum” dos acusados “reúne condições” para “continuar” nos cargos que ocupam. Basta, acrescentou, por comparação, ver que “por muito menos” Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local, “se afastou” do Governo.Sendo Lisboa uma “aposta nacional”, diz fonte parlamentar, “não se pode ter três presidentes de junta acusados de corrupção, um vereador do Moedas dos mais importantes acusado de receber vantagens. Ainda por cima, dois deles com responsabilidades nas autárquicas” desde ano.A pressão interna “de dirigentes de topo do partido e do Governo” e “até de Moedas” e o pedido do MP para que “em caso de condenação” fosse “declarada a perda dos mandatos” e “inelegibilidade em atos eleitorais” - decisão que abrange 13 dos 60 acusados - levou Luís Newton a pedir a suspensão do “mandato como deputado” no Parlamento por “lealdade” ao “partido” ao “Governo” e Ângelo Pereira a “pedir” a suspensão de mandato na Câmara de Lisboa “para requerer a abertura da instrução” . “Coragem”, elogiou Moedas. “Deviam ter ido mais longe”, diz ao DN fonte dirigente do PSD. Nem Luís Newton, nem Ângelo Pereira, pelo menos até ontem à noite, tinham pedido a demissão, respetivamente, da concelhia e da distrital. Direção do partido e da bancada parlamentar pediram “silêncio”, em particular, sobre os dois deputados do PSD acusados: Carlos Eduardo Reis e Luís Newton. Ao que o DN apurou a retirada de confiança política “é uma hipótese”. .Tutti Frutti: MP quer 27 acusados a devolver ao Estado quase meio milhão de euros. Veja quem e porquê.Luís Newton, deputado, presidente da Junta da Estrela e líder da Concelhia do PSD Lisboa é acusado de 10 crimes: cinco de corrupção passiva e cinco de prevaricação.Ângelo Pereira, vereador de Carlos Moedas e líder da distrital PSD da Área Metropolitana de Lisboa é acusado de um crime de recebimento indevido de vantagem.Vasco Morgado, presidente da Junta de Santo António, é acusado de 27 crimes: 17 de corrupção, sete de prevaricação e três de branqueamento. Fernando Braamcamp, presidente da Junta do Areeiro, é acusado de 39 crimes de corrupção passiva. A este grupo junta-se o segundo dos deputados, Carlos Eduardo Reis que é acusado da prática de 22 crimes: seis de corrupção, seis de prevaricação e cinco de tráfico de influência. No PS, surgem três nomes relevantes entre os acusados. Ana Sofia Oliveira Dias, presidente da Junta de Penha de França, é acusada de um crime de corrupção passiva agravado; Inês Drummond, vereadora PS sem pelouro na Câmara de Lisboa, é acusada de quatro crimes de prevaricação; e Rui Paulo Figueiredo, deputado na Assembleia Municipal de Lisboa, que é acusado de um crime de corrupção passiva agravado - até ao final da noite não havia indicação de que fossem “requerer” a suspensão dos mandatos. .60 acusados. Medina ilibado. O Caso Tutti Frutti em cinco respostas .Fernando Medina foi ilibado neste processo. Duarte Cordeiro, que nunca foi arguido, apesar de investigado, também foi ilibado pelo MP. “Uma boa notícia”, disse Pedro Nuno Santos.