O secretário-geral do PS pediu esta quarta-feira, 1 de outubro, explicações ao Governo sobre a intenção de avançar com subconcessões do serviço da CP, manifestando preocupação com o tema que o promete acompanhar através do parlamento.José Luís Carneiro começou esta quarta-feira o segundo dia oficial de campanha para as autárquicas pelas 05:00, com uma viagem de comboio na Linha de Sintra até ao Rossio, à qual se foram juntando os cabeças de lista socialistas às câmaras de Sintra, Oeiras, Amadora e Lisboa.“Nunca houve um investimento tão significativo como houve nos governos do Partido Socialista, nomeadamente no transporte ferroviário e, aliás, era muito importante que o Governo pudesse explicar o que é que quer dizer o ministro das Infraestruturas, Pinto Luz, com a intenção de concessionar serviços da CP”, disse aos jornalistas a bordo do comboio.O secretário-geral do PS assumiu que este é um “tema que preocupa” e que vai ser acompanhado pelos socialistas na Assembleia da República.“Esta linha é uma das linhas mais importantes da área metropolitana, que foi reforçada, que foi capacitada, e há propostas concretas para mobilizar a resposta aos cidadãos. Entre essas respostas concretas, uma das propostas da nossa candidata de Sintra é de nós garantirmos a ‘metropolização’ da linha de Sintra”, apontou, ao lado da cabeça de lista da coligação PS/PAN.A ideia da proposta de Ana Mendes Godinho, de acordo com o líder socialista, é que, tal como acontece em Paris, haja “regularidade de 15 em 15 minutos” dos comboios.“Isso passa por uma responsabilidade e por um compromisso do Estado para que consigamos que esta linha, que serve toda a Área Metropolitana de Lisboa, possa ser uma linha não convencional ferroviária, mas que tenha uma lógica de metropolitano e de resposta metropolitana com maior regularidade e com uma resposta mais qualificada”, explicou.O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, garantiu na terça-feira que a CP – Comboios de Portugal não vai ser privatizada, mas avançou que o Governo pretende avançar com subconcessões do serviço.“Não há privatização nenhuma da CP. Vai haver subconcessões para o sistema funcionar melhor? Sim”, avançou Miguel Pinto Luz, na Comissão de Infraestruturas, Mobilidade e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa, em resposta a questões do deputado do PS e antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco..Governo rejeita privatização da CP mas vai avançar com subconcessões. As subconcessões referem-se à possibilidade prevista na legislação de a CP ceder temporariamente a exploração de parte dos seus serviços de transporte ferroviário de passageiros a uma empresa privada, mediante concurso, sem que a CP perca a sua posição como concessionária da rede.