José Luís Carneiro
José Luís CarneiroFoto: Leonardo Negrão

Carlos César: "Tudo indica que o novo secretário-geral do PS seja José Luís Carneiro"

Carneiro disponibilizou-se para "construir uma solução de unidade, dentro das várias sensibilidades" no PS, garantindo que "só quem não quiser, não estará no congresso e em outros órgãos do partido".
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O presidente do PS confirmou que o novo secretário-geral do PS será eleito em 27 e 28 de junho e adiantou que "tudo indica que o novo secretário-geral do PS seja José Luís Carneiro".

Carlos César disse que o ex-ministro da Administração Interna será o único candidato "ou pelo menos o candidato mais forte", sublinhando que o provável novo líder socialista "é uma pessoa com provas dadas".

Questionado sobre se José Luís Carneiro tem o "perfil necessário" nesta altura, César foi pragmático: "Quando elegemos um líder, é na presunção que tem o perfil necessário e adequado. Terá a oportunidade de reforçar as provas dadas."

O presidente do PS salientou que o novo líder não será um líder de transição, mas sim "um líder efetivo, com tarefas para cumprir".

Carlos César garante que vai "assegurar oportunidades iguais para todos" aos eventuais candidatos possam aparecer até ao fim do prazo para apresentação de candidaturas, 12 de junho.

José Luís Carneiro
Proposta de Carlos César aprovada: eleições para secretário-geral do PS em 27 e 28 de junho

Também à saída da reunião da Comissão Nacional do PS, que decorreu no hotel Altis, em Lisboa, José Luís Carneiro limitou-se a dizer que se disponibilizou para "ouvir e dar voz" aos seus "camaradas para incorporar as suas inquietações"; "construir uma solução de unidade, dentro das várias sensibilidades" no partido, garantindo que "só quem não quiser, não estará no congresso e em outros órgãos do partido"; e a "garantir a estabilidade política do país", ainda que salientando que "compete à AD dar o primeiro passo para que esse diálogo se possa encetar".

A data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

A proposta alternativa, subscrita por Daniel Adrião, e que pretendia que houvesse primárias e que a escolha do novo líder do PS fosse depois das autárquicas, foi chumbada.

Segundo os resultados provisórios das eleições legislativas, o PS tem neste momento 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.501 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu mais de 365 mil votos num ano.

Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

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