Confirmando a dificuldade da rotatividade no Parlamento devido aos novos estatutos dos deputados, Marisa Matias, da direção do Bloco de Esquerda, confirma ao DN que é Fabian Figueiredo a escolha do partido. “Será o Fabian a assumir essa função. Até ao fim do ano fica a Mariana Mortágua. Por razões profissionais não pôde substituir a Mariana quando esta esteve na Flotilha Humanitária, mas sabemos que existem sempre limitações nas substituições e que os nomes têm de vir dos círculos eleitorais no caso”, justifica, explicando que a ideia de rotatividade parlamentar foi um pouco empolada. Era, sim, uma ideia de aproveitar a presença anterior de Andreia Galvão, jovem e número 3 em Lisboa, que substituiu Mortágua por 30 dias, para deixar claro que há boa representação em qualquer circunstância: “A Andreia foi excelente parlamentar, tem uma grande capacidade política e prova que o Bloco tem quadros de grande nível. Pretendemos dizer que, em caso de necessidade de substituição por alguma indisponibilidade, cai por terra aquela ideia de que quem substitui não tem visibilidade, que não é tão conhecido. Não ficamos sem opções, mas a acontecer será sempre uma alternância pontual.”Marisa Matias, que está no Bloco desde o início do projeto político, realça que “Fabian foi um excelente líder parlamentar apesar da curta duração desse ciclo”, considerando que “é absolutamente capaz de assumir todas as responsabilidades do papel e que terá capacidade para todos os combates parlamentares.” Os elogios ao sociólogo, que cumpriu duas legislaturas, são partilhados pela Moção A, que representa a Direção e se candidata à Mesa Nacional na próxima Convenção. Marisa Matias detalha que o nome de Fabian Figueiredo para deputado foi discutido e aprovado pelo nome proposto para coordenador, José Manuel Pureza. “Todas estas conversas foram tidas da forma mais aberta possível. Nenhuma das soluções era problema. Sabíamos que quando não está o primeiro nome da lista, a disponibilidade do segundo para a função é determinante”, revela, considerando que “já se sabia” que qualquer novo coordenador não estaria no Parlamento e que isso “não é uma má notícia.” .Bloco terá dificuldade para aplicar estratégia de rotação parlamentar.Bloco de Esquerda: José Manuel Pureza muda perfil sem liderar revolução ideológica