O coordenador nacional do Bloco de Esquerda (BE), José Manuel Pureza, considerou esta quinta-feira, 18 de dezembro, que o caso Spinumviva é uma história da qual sai mal o primeiro-ministro Luís Montenegro, mas também o procurador-geral da República (PGR), Amadeu Guerra.“É uma história da qual ninguém sai bem. Sai mal um primeiro-ministro que não deu contas ao país sobre ter uma empresa na sua sala de jantar e que fez da investigação judicial um jogo político, arrastando o país para eleições por causa desse jogo político”, destacou.Em declarações em Coimbra, José Manuel Pureza afirmou também que “não sai bem” do caso Spinumviva o procurador-geral da República Amadeu Guerra.“Depois de uma investigação, ou no âmbito de uma investigação que decorreu durante meses, pré-anunciou o seu fecho com uma prenda de Natal, antecipando que seria por estes dias que isso viria a suceder”, acrescentou.De acordo com o coordenador do BE, importa agora resgatar para o centro o debate político.“Este caso teve um desfecho judicial, mas a sua dimensão política permanece muito viva e o Bloco de Esquerda não deixará, evidentemente, de criticar um primeiro-ministro que, do ponto de vista político, cometeu erros graves com prejuízo para o país”, concluiu.A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro, foi arquivada, anunciou na quarta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR).Numa nota publicada no ‘site’ do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o Ministério Público justifica o arquivamento com o facto de não ter existido "notícia da prática de ilícito criminal"..Amadeu Guerra invoca clima contra si para pedir escusa na Spinumviva e recusa terem sido ultrapassados limites.Spinumviva. Ana Gomes alega que eventual conflito de interesses ficou por esclarecer