O Livre apresenta-se com uma candidatura própria a Faro, encabeçada pela professora universitária Adriana Marques Silva. No centro da política para o concelho, destaca-se a habitação. “O acesso à habitação está fora de controlo. Pretendemos alcançar pelo menos 10% de habitação pública. Só temos 1% no concelho, é dos valores mais baixos em Portugal. Desta habitação pública dedicaríamos parte para habitação social e outra para trabalhadores fulcrais ao concelho, como médicos, enfermeiros e bombeiros, para ajudar à fixação”, refere ao Diário de Notícias, lamentando que o alojamento local tenha “duplicado para mais de 100 mil unidades”, o que leva o Livre a propor uma regulação máxima de 2% por freguesia.Ciente de que PSD, PS e Chega mencionam a marina como uma solução relevante, Adriana Marques Silva lembra que os estudos quanto à Ria Formosa estão desatualizados. “A ria é um grande motor económico. Exigimos que qualquer projeto tenha avaliação de impacto ambiental, feita com investigadores da Universidade do Algarve. Não aceitamos o projeto atual, que caducou há 18 anos. Este projeto não é legal de momento, estamos disponíveis para pensar em conjunto”, explica, lamentando que o bairro da Horta da Areia continue “sem solução definitiva” e salientando que as pessoas precisam de “habitação digna, integração e justiça social.”Pedindo intervenção no espaço público e melhoria nos transportes coletivos, o Livre pede “acessos que façam sentido” para o Hospital Central do Algarve. Coloca em cima da mesa a “criação de um hub de saúde no antigo hospital com consultas de medicina geral e familiar”, além de cuidados primários para evitar sobrelotação no hospital. Para Adriana Marques Silva, o turismo deve ser “menos sazonal com uma taxa turística que entregaria meio milhão de euros ao município” aplicada no aeroporto.É a primeira candidatura individual do Livre a Faro e isso até pode ser positivo, considera. “Achamos que pode ser bom. Não temos amarras políticas nem vícios e a meta é ter pelo menos um deputado e um lugar em cada órgão a eleições”, assume, reconhecendo que pelouros “só se o PS desejar e negociar” e que, apesar de não ter havido coligação com os socialistas, o Livre se mantém aberto a “dialogar.” Ambos os partidos reconheceram ao DN conversas para um entendimento pré-eleitoral que não se verificou. .Autárquicas. António Pina, do PS: "As pessoas deixam-me o desafio de fazer em Faro o que fiz em Olhão".Autárquicas. À beira da Ria Formosa surge uma luta a três, com Chega e PS a desafiarem domínio do PSD .Faro. Pedro Pinto, do Chega: "PSD e PS estão preparados para fazer uma coligação pós-eleitoral” .Faro. Cristóvão Norte: "O candidato com maior influência política sou eu"