A campanha por Lisboa foi esta terça-feira, 7 de outubro, marcada pela “moderação” que o atual presidente da Câmara, Carlos Moedas, colou a si próprio, e pelo foco na habitação, que a sua principal oponente, a candidata socialista Alexandra Leitão, definiu como prioridade. Em comum, ambos elegeram o Chega como um partido com o qual não estão disponíveis para negociar.Falando de si próprio na terceira pessoa, o presidente da Câmara de Lisboa afirmou que “Carlos Moedas representa a moderação dos lisboetas”, acrescentando a garantia de que, por isso mesmo, não fará “negociações com os extremos, porque os extremos atacam a nossa sociedade”, argumentou, enquanto se dirigia a partidos de esquerda e de direita.“Nos últimos dias, houve mais de 35 monumentos que foram grafitados, estragados, destruídos na nossa cidade através de ativistas radicais de esquerda”, acusou, enquanto recusou qualquer ideia de negociação com o Chega, até porque o partido, recordou, apresentou-lhe “uma moção de censura”.Como preocupações, o autarca falou “em muitos casos, em restaurantes, em cafés”, onde há “situações indignas de pessoas a viverem às 30 e às 40, e isso tem de acabar em Lisboa”.E aqui definiu uma diferença com Alexandra Leitão, acusando-a de ter participado “em manifestações contra a polícia” e de nunca ter “uma palavra em relação àquilo que se está a passar de indigno”.Já a candidata que encabeça a coligação entre PS, Livre, BE e PAN, Alexandra Leitão, garantiu que não fez do candidato do PCP, João Ferreira, um alvo, admitindo que contará com os vereadores comunistas para um eventual acordo posterior, se não houver uma maioria absoluta, mas garante que não conta com o Chega.Sobre as suas prioridades, explicou que a habitação está no topo, começando por fazer aprovar o regulamento do Alojamento Local, algo que pretende fazer nos primeiros 30 dias. “A minha prioridade é as pessoas terem casas a preços acessíveis”, afirmou, apesar de admitir que não era algo que conseguiria resolver no primeiro mês como presidente de Câmara, caso ganhe..Alexandra Leitão e João Ferreira criticam "rendas moderadas" de 2300 euros de Montenegro.Carlos Moedas: “Quem promete aos lisboetas que vai construir 4500 casas em quatro anos não sabe o que isso é"