Alexandra Leitão, candidata do PS e apoiada por Livre, Bloco e PAN a Lisboa, e João Ferreira, concorrente da CDU a Lisboa, atacam a fasquia que Luís Montenegro caraterizou de "renda moderada". "2300 euros, para Portugal, é o dobro do salário médio. Se os privados têm apoios para fazer rendas até 2300 euros, vão encostar aos 2300, é normal, ninguém está contra eles", disse a candidata da coligação Viver Lisboa, defendendo que o "valor máximo deve ser correspondente aos 30% do rendimento do agregado familiar", à margem de uma visita à Quinta da Alfarrobeira e à ação de contacto com população em São Domingos de Benfica."É uma afronta", começou por responder ao DN, João Ferreira. "Num país em que 60% da população ativa recebe de salário bruto 1000 euros ou menos, é uma afronta que demonstra o quão longe da realidade da esmagadora maioria da população está este Governo", refere, concordando com Leitão no facto de "a taxa de esforço poder corresponder a 30%", asseverando que o "regulamento municipal de habitação seguiu esse princípio."À margem de um encontro com artistas, o vereador da CDU vincou a importância de colocar espaços municipais à disposição dos criadores, lembrou, nesse sentido, os 60 bairros municipais totalmente tutelados pelo município. Seguindo a leitura, vincou o relevo que dá à oferta de habitação. "As redes são acessíveis em muitos casos, ajustámos ao rendimento da família, não passando dos 35% desse rendimento. Falamos muito mais da crise da habitação por falta de acesso a sítios para morar", concluiu..Medidas para a habitação. "Queremos abanar o mercado da construção e do arrendamento", diz Montenegro .Leitão ofereceu cargo de vice-presidente a João Ferreira e vereador fala em "desespero" por trazê-lo a público