PS/Madeira quer aproveitar efeito da maioria absoluta para destronar PSD do poder

Candidato à liderança dos socialistas da Madeira quer dar fim a 46 anos de poder dos sociais-democratas.

A candidatura foi apresentada ontem e já aponta baterias às eleições regionais. O economista e deputado do PS/Madeira, Sérgio Gonçalves, diz que "já basta e [que] é altura de virar a página e dizer aos madeirenses que há alternativa no PS" aos governos do PSD que duram desde 1976.

"Como é possível termos um partido a governar a região há 46 anos e a culpa ser sempre de outros?", questionou o até agora único candidato a líder dos socialistas madeirenses.

Sérgio Gonçalves diz que as "legislativas nacionais vieram demonstrar que uma maioria quer uma mudança" e que o PS/Madeira "está vivo", porque ter mantido os três deputados que tinha na Assembleia da República, os mesmos que o PSD.

"Nada mudou na Madeira nestes últimos anos durante a governação de Miguel Albuquerque (PSD), nada de novo, nada de estrutural, nada de estruturante (...) o PSD não se inibe se tiver de mentir, manipular factos e alimentar artificialmente uma agenda de contencioso contra um inimigo externo apenas para tentar disfarçar a sua incapacidade e incompetência", para tentar "perpetuar-se no poder".

O candidato socialista avisa que os madeirenses não se podem iludir pelo "facto do adversário (o PSD) usar uma bengala (o CDS) e num futuro próprio vir a recorrer a uma espécie de andarilho partidário (um outro partido de direita)".

Para Sérgio Gonçalves, a mudança política na Madeira é possível já nas próximas eleições legislativas regionais.

A minha candidatura tem a ambição de querer ser a mudança na Madeira", declarou o candidato numa sala repleta de apoiantes, numa iniciativa que contou com a presença do líder do PS/Madeira demissionário.

Paulo Cafôfo demitiu-se depois dos maus resultados eleitorais nas autárquicas de 2021, nas quais o partido perdeu a governação do principal e mais populoso município da Madeira, a Câmara do Funchal, que havia conquistado em 2013 quando liderou uma coligação (BE, PND, PAN, MPT, PTP).

"A união interna é a nossa imagem de marca, o crescimento e consolidação do partido é um objetivo comum e tudo faremos pela Madeira com competência e compromisso", sublinhou Sérgio Gonçalves.

Encabeçando o subordinado ao lema "Pela Madeira: Competência e Compromisso", argumentou que, "após dois anos em que a pandemia marcou as nossas vidas", é necessário "inverter o sentido negativo deste ciclo que infelizmente tantos afetou em termos sociais e económicos".

O candidato perspetivou que a evolução da situação epidemiológica da covid-19 aponta para uma "regresso a uma possível normalidade" e opinou que "o Governo Regional (coligação PSD/CDS) continua a trilhar o mesmo caminho dos últimos seis anos, de modo errático".

O economista enfatizou que pretende "desenvolver uma agenda política de diálogo e cooperação", além de "propositiva e positiva", e defender "propostas credíveis e exequíveis".

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