PS considera que acordo de concertação social mostra alternativa à via da direita

O vice-presidente da bancada socialista Francisco César refere que um acordo "nestas circunstâncias é verdadeiramente um grande feito político" e que o "sucesso deste acordo traduz, igualmente, a afirmação coletiva de um caminho alternativo em tempos de crise".

O PS considerou esta quarta-feira que o acordo de concertação social concluído pelo Governo constitui um feito político, revela sentido de responsabilidade em conjuntura de crise internacional e a existência de um caminho alternativo ao da direita.

Estas referências ao acordo de médio prazo de rendimentos, salários e competitividade assinado no domingo pelo Governo, confederações patronais e UGT foram feitas em plenário, no parlamento, pelo vice-presidente da bancada socialista Francisco César.

"Num contexto e numa conjuntura internacional com crescentes desafios e dificuldades, com a maior inflação das últimas décadas a pressionar fortemente o custo de vida, com aumento das taxas de juro, e com uma guerra como pano de fundo a pintar o horizonte com insegurança e incerteza face ao futuro, alcançar um acordo nestas circunstâncias é verdadeiramente um grande feito político", defendeu.

Para o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, o acordo alcançado "revela um elevado sentido de responsabilidade por parte de todos os seus intervenientes que, perante um contexto de grande adversidade, colocaram acima de tudo o interesse nacional".

"O sucesso deste acordo traduz, igualmente, a afirmação coletiva de um caminho alternativo em tempos de crise. Um caminho alternativo ao da direita, um caminho alternativo à austeridade", sustentou Francisco César.

Francisco César citou depois o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, referindo então que "é muito diferente enfrentar o contexto atual de dificuldades com estabilidade ou com um clima de permanente tensão social".

"Em síntese, [temos] valorização dos rendimentos das famílias, melhoria das condições de vida dos jovens e aumento da competitividade das empresas, para todo o país, continente e regiões autónomas", completou.

Ainda segundo o "vice" da bancada socialista, o acordo "acrescenta ambição aos mais de 4,25 mil milhões de euros que este Governo já mobilizou para as empresas e famílias e a que se soma agora mais medidas no Orçamento do Estado para 2023".

"É um acordo que, face à turbulência e adversidade, dá respostas e aponta um caminho. De quem, em diálogo, em concertação, com espírito de abertura, não se refugia no conforto da maioria que lhe foi conferida em eleições, e, pelo contrário, procura consensos e construir soluções que envolvam os parceiros sociais e demais entidades representativas da sociedade portuguesa", disse.

Francisco César deixou ainda uma mensagem em relação aos próximos tempo: "Este acordo não é o fim da nossa ação no combate à crise".

"Nem sequer é o começo do fim, mas é, talvez, o fim do começo", acrescentou.

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