Pedro Nuno Santos sai do Secretariado Nacional do PS

Ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação vai suspender o mandato na Assembleia da República por 30 dias.
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O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, pediu para sair do Secretariado Nacional do PS, avança esta quarta-feira a SIC Notícias. Desta forma, o antigo governante deixa a direção do partido, afastando-se das decisões políticas do PS.

Vai também suspender o mandato na Assembleia da República por 30 dias, o tempo mínimo possível. Recorde-se que Pedro Nuno Santos foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Aveiro.

O Secretariado Nacional do PS é o órgão executivo da Comissão Política Nacional do partido. De acordo com os estatutos, "compete ao Secretariado Nacional assegurar a execução das deliberações e decisões dos órgãos nacionais do partido, tomar as deliberações necessárias à sua direção e assegurar o coeso e regular funcionamento da estrutura partidária".

O antigo responsável pela pasta das Infraestruturas tem sido apontado como um dos potenciais sucessores de António Costa.

A 29 de dezembro, Pedro Nuno Santos pediu a demissão, logo aceite pelo primeiro-ministro, António Costa, na sequência da mais recente polémica da TAP, que envolve uma indemnização de meio milhão de euros, paga pela companhia aérea, à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.

Tendo em conta "a perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno deste caso, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos", entendeu "assumir a responsabilidade política e apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro".

Também o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, apresentou a demissão.

No seguimento da polémica da TAP, o ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu Alexandra Reis do cargo de secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de a mesma ter tomado posse.

A indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis foi noticiada pelo Correio da Manhã e depois criticada por toda a oposição, tendo sido até questionada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Alexandra Reis recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por sair antecipadamente, em fevereiro, do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e no final do ano escolhida para secretária de Estado do Tesouro.

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