O PCP reconheceu esta terça-feira a "quebra eleitoral" da coligação que liderou nas legislativas de 30 de janeiro no círculo de Évora e considerou que a não eleição de João Oliveira representa "um elemento negativo" para o distrito..Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP admitiu que o resultado da CDU neste distrito "traduz uma quebra eleitoral", a qual teve "expressão particular na não eleição" do cabeça de lista, João Oliveira..A falha da eleição para o parlamento do até agora líder parlamentar do PCP e deputado eleito pelo círculo de Évora, João Oliveira, "representa um elemento negativo na vida dos trabalhadores e do povo do distrito", assinalou..Para a DOREV do PCP, o resultado obtido pela CDU no círculo de Évora, com 14,56% e um total de 11.494 votos, ficou "aquém do trabalho realizado dentro e fora da Assembleia da República e do notável contributo para os avanços e conquistas alcançados"..Entre outros, os comunistas sublinharam como "exemplos maiores" da sua ação o direito às reformas antecipadas pelos trabalhadores das pedreiras ou o início das obras de construção do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora..Considerando que a maioria absoluta do PS e a eleição de dois deputados socialistas e um do PSD pelo círculo de Évora tornam o "quadro mais difícil", o PCP prometeu "intensificar a intervenção em defesa dos interesses e aspirações dos trabalhadores e das populações do distrito"..No círculo eleitoral de Évora, o PS foi o partido mais votado e o PSD reconquistou um mandato de deputado, tendo os comunistas ficado, pela primeira vez desde as primeiras eleições democráticas, sem qualquer parlamentar..O cabeça de lista da CDU por Évora, João Oliveira, que era deputado à Assembleia da República desde 2005, eleito por este círculo eleitoral, e líder da bancada parlamentar comunista desde 2013, não conseguiu, assim, ser eleito para o parlamento..Esta é a primeira vez, desde as primeiras eleições democráticas em Portugal, em 1976, que o PCP ou coligações por si lideradas não conseguem 'segurar' pelo menos um mandato de deputado por este círculo eleitoral alentejano..Nas legislativas de 30 de janeiro, com o total das 69 freguesias dos 14 concelhos apuradas, o PS foi o partido mais votado (venceu em todos os concelhos) e obteve 43,95% dos votos (34.693), voltando a eleger dois deputados..Tal como na legislatura que agora termina, Évora vai ser representada no parlamento pelos socialistas Luís Capoulas Santos, antigo ministro da Agricultura, e Norberto Patinho, antigo autarca de Portel..O PSD, encabeçado por Sónia Ramos, presidente da distrital de Évora do partido, foi a segunda força política mais votada, com 21,41% dos votos (16.902), e, mais importante, reconquistou o mandato de deputado perdido nas legislativas de 2019..Já a CDU recolheu 14,56% dos votos (11.494), ficando como terceira força política..Em comparação com as legislativas de 2019, os comunistas conseguiram menos 2.486 votos.