Ministra da Defesa contraria Força Aérea e Marinha

Helena Carreiras diz que GNR planeou missão com outras "instituições". Ao DN Força Aérea e Marinha tinham garantido nada saber.

A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, negou que a GNR tenha ido além da suas competências ao pedir um avião à Frontex [Agência de Fronteiras Europeia] para patrulhar o mar dos Açores, afirmando que a missão foi planificada entre as várias instituições competentes. Certeza esta que contraria as respostas oficiais da Força Aérea e da Marinha enviadas ao DN quando questionadas sobre o tema e publicadas na edição de ontem.

"Trata-se de uma missão policial, complementar àquela que a Força Área já vem desempenhando, de vigilância, e há o trabalho que está em curso entre a Força Aérea e GNR, relativamente a uma planificação destas missões", disse a ministra à Agência Lusa.

Com esta frase a governante comentava a manchete da edição de ontem do Diário de Notícias que dava conta de um pedido da GNR à Frontex para a cedência de um avião para patrulhar o mar dos Açores, o que terá ocorrido sem comunicação à Força Aérea e à Marinha. Ao mesmo tempo Helena Carreiras colocava em xeque os esclarecimentos efetuados ao DN.

A Força Aérea frisou que "não recebeu qualquer solicitação por parte da GNR para a missão em referência", salientando que, "de acordo com a lei e no âmbito capacidades de vigilância e patrulhamento marítimo e terrestre, a Força Aérea executa missões que visem assegurar, no espaço estratégico de interesse nacional, a vigilância e o controlo das fronteiras marítimas, das atividades de contrabando aduaneiro, de tráfico de estupefacientes e de imigração ilegal, entre outras".

Em resposta ao DN, fonte oficial da Marinha adiantou também não ter recebido qualquer pedido de colaboração da GNR para patrulhamento marítimo e não tem qualquer articulação com aquela força militar neste processo.

Entretanto, o PSD entregou ontem um requerimento para que a ministra da Defesa ser ouvida na Comissão de Defesa no Parlamento e enviou ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, um pedido de esclarecimento sobre o tema.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG