Medina diz que redução da dívida pública será uma das "prioridades fundamentais"
Fernando Medina, que sucede a João Leão na pasta das Finanças, frisa a importância de ter "contas certas" e visa a redução da dívida pública.
O futuro ministro das Finanças, Fernando Medina, definiu esta terça-feira a redução da dívida pública como uma das suas "prioridades fundamentais", considerando que ter "contas certas" é uma condição para ter "credibilidade internacional" e "melhores instrumentos de apoio à economia".
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"É uma das prioridades fundamentais. O país entende bem que as contas certas, as finanças saudáveis, são uma condição para nós termos melhores instrumentos de apoio à economia, de vida das famílias, das empresas, em todos os contextos e, principalmente, nos mais adversos", frisou Fernando Medina, em declarações ao canal televisivo RTP, nos corredores da Assembleia da República.
O ex-autarca de Lisboa, que vai suceder a João Leão como ministro das Finanças, sublinhou que ter contas certas é um "ativo muito importante de credibilidade internacional, de melhoria das condições de financiamento", fazendo, por isso, parte da "linha fundamental do ponto de vista político".
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Questionado se será um ministro das Finanças capaz de dizer "não", Fernando Medina respondeu: "O Governo tem um objetivo muito claro e um programa muito claro relativamente à dimensão da consolidação das finanças públicas, de redução da dívida, na qual eu me revejo totalmente".
"Foi a matriz desta governação nos últimos anos e será certamente a matriz dos próximos anos, com orientação do primeiro-ministro e com a minha condução direta na parte das finanças", sublinhou.
Sobre questões relativas ao Orçamento do Estado ou a metas do défice, Medina recusou-se a responder, remetendo essas respostas para depois de tomar posse como ministro das Finanças, o que vai acontecer na quarta-feira.
O ex-presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina foi o nome escolhido por António Costa para o cargo de ministro das Finanças.
Antigo secretário de Estado dos governos de José Sócrates e presidente da Câmara de Lisboa entre 2015 e setembro de 2021, altura em que perdeu as eleições autárquicas para o social-democrata Carlos Moedas, Medina sucede a João Leão na pasta das Finanças.
Membro do Secretariado Nacional do PS e apontado como um potencial sucessor de António Costa na liderança dos socialistas, Fernando Medina foi eleito deputado em quinto lugar pelo círculo eleitoral de Lisboa nas últimas eleições legislativas.