Deixar o estado de emergência antes do verão, mas para que tal aconteça é preciso que a semana da Páscoa corra bem em termos de número de infeções. Foi esta a mensagem que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quis passar esta noite, na sua declaração ao país, por ocasião do 14.º Estado de Emergência.."É preciso sensatez durante a semana da Páscoa, porque a Páscoa é para nós uma semana familiar intensa, nomeadamente em certas zonas de Portugal Continental e nas regiões autónomas", afirmou Marcelo, que fez questão de lembrar: "Estamos mais perto do que nunca, mas ainda não chegámos à meta que desejamos"..Segundo Marcelo, "após a Páscoa o desconfinamento vai continuar. O que todos desejamos é que esta tendência de diminuição de casos, mortes e internamentos prevaleça. Queremos esbatimento da pandemia antes do verão, para que se possa deixar o estado de emergência"..Durante uma intervenção de cerca de cinco minutos, Marcelo fez questão de dizer que "todos queremos um desconfinamento sensato e bem-sucedido, com testagem, rastreamento e vacinação, rastreando sobretudo as escolas que já abriram e que vão abrir da Páscoa". "Um desconfinamento bem-sucedido exige, também, vacinar mais e mais depressa", acrescentou.."Testemos, vacinemos, mas cumpramos também as regras sanitárias, contendo o risco de infeção", frisou.."Esperamos que o atraso na vacinação seja recuperado a partir do abril, convertendo o milhão da primeira toma e no meio milhão da segunda toma em 70% de imunizados em setembro".Incluiu no seu discurso ainda uma nota no sentido de acalmar quem ficou receoso com as dúvidas levantadas sobre os alegados riscos da vacina dos laboratórios da AstraZeneca: "A Agência Europeia do Medicamento confirmou segurança e eficácia da vacina suspensa [da AstraZeneca]".E concluiu o discurso com uma mensagem de futuro: "O que nos impõe é reconstruir tudo aquilo que a pandemia destruiu. Portugal merece-o e todos nós, portugueses, o merecemos".