Ministra promete revisão das carreiras mais tarde. Agora é "cumprir o que ficou firmado" para PSP e GNR.
Ministra promete revisão das carreiras mais tarde. Agora é "cumprir o que ficou firmado" para PSP e GNR.Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

MAI reafirma encerramento de negociações com PSP e GNR. Sindicatos prometem luta

Sindicatos que não assinaram acordo com a ministra acusam as outras estruturas de irresponsabilidade.
Publicado a
Atualizado a

Os profissionais das forças de segurança estão numa profunda revolta”, sublinhou ao DN o presidente da Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ASNG), Ricardo Rodrigues, acrescentando que “o que se passou na sexta-feira com as medidas que foram aprovadas para as Forças Armadas, que são de inteiro mérito”, sublinhou, deixaram a PSP e a GNR sem alternativa que não fosse “ações de protesto na rua, porque os polícias não podem concordar com uma situação destas”.

Ricardo Rodrigues  referia-se à concretização, na passada sexta-feira, da promessa do ministro da Defesa, a 17 de maio, quando falou num “processo de dignificação das Forças Armadas”. Na altura, Nuno Melo disse estar à espera que o processo de negociação entre a ministra da Administração Interna (MAI), Margarida Blasco, e PSP e GNR ficasse concluído, para então avançar com a valorização.

O presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, Bruno Pereira, ao DN, revelou que a “questão” que se impõe “é que, às Forças Armadas, onde nem sequer houve necessidade de negociar”, foi agora atribuído aquilo que a PSP e a GNR tiveram de conquistar.

Por isto, Bruno Pereira, que foi um dos signatários do acordo com Margarida Blasco, quer novas negociações.

Sobre o suplemento de missão, que é uma valorização de 300 euros até 2026 para a PSP e GNR, que implicou um acordo entre MAI e as forças de segurança, assinado a 9 de julho, a ministra foi perentória: “Estas negociações estão encerradas”, disse em declarações à SIC.
“Vamos continuar a cumprir o que ficou firmado”, acrescentou.

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, César Nogueira, explicou ao DN que o acordo não era o pretendido, “mas foi “aquilo que o Governo dizia que podia, e nós aceitámos, porque era para não empurrar aquilo para o Orçamento de Estado”, continuou, porque de outra forma “só a partir de janeiro é que começaríam a receber” a valorização.

Além disso, César Nogueira lembrou que dia 6 de janeiro vai ser negociado o estatuto remuneratório.

As palavras da ministra não surgiram com surpresa. “Nós já sabíamos e a própria ministra já tinha dito nas reuniões que aquela negociação terminaria ali, aceitássemos ou não“, concluiu.

Sobre o comunicado assinado pela ASNG, a Associação Sócio-profissional Independente da Guarda Nacional Republicana, a Associação Nacional Autónoma de Guardas e o Sindicato Independente de Agentes de Polícia, divulgado no início desta semana, como reação às medidas tomadas para os salários dos militares, César Nogueira diz perceber “que as outras estruturas, que são menores, como não assinaram o acordo, têm que justificar um bocado o trabalho deles e a estratégia”.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt