"Na reunião [de sábado passado] tomámos a decisão clara de avançar com a nova corrente", afirmou o antigo líder parlamentar bloquista, a propósito do encontro de apoiantes da corrente Socialismo, que teve lugar uma semana após uma conferência nacional da UDP, que rejeitou ser extinta em favor de uma corrente única..Em declarações à agência Lusa, Pureza adiantou que o próximo passo do Socialismo, que impulsionou juntamente com Francisco Louçã e João Semedo, passa agora por alargar o projeto a todos os militantes, com reuniões de debate um pouco por todo o país e "daqui a um mês, um mês e meio fazer uma avaliação desta dinâmica" e em seguida marcar uma conferência fundadora..O ex-deputado do BE procurou desdramatizar as críticas vindas de dentro do partido a este projeto de corrente única, principalmente da UDP (de dirigente como Luís Fazenda, Pedro Filipe Soares, Mariana Aiveca ou Helena Pinto), mas também de Daniel Oliveira, que na terça-feira anunciou que vai abandonar o partido, também por discordâncias (mas não só) com esta proposta..José Manuel Pureza admitiu implicitamente que o futuro pode passar pela continuação da convivência entre várias correntes internas, tal como hoje existe: "O Socialismo visa uma interlocução mais rica e mais aberta com todas as sensibilidades que se revejam neste projeto que é o BE".."Isto é dirigido a todos os militantes do BE, falámos com todos, com responsáveis de todas as sensibilidades, mas isto não nasce para impor nenhuma espécie de 'diktat', a corrente Socialismo é um desafio aos bloquistas para organizarem o debate interno de uma outra forma", declarou..Resumindo, afirmou, "sem dramas, cada sensibilidade tomará a sua posição", afirmou o dirigente bloquista..As associações políticas do PSR e Fórum Manifesto (ex-Política XXI) também vão reunir-se nas próximas semanas para discutir a criação da nova corrente Socialismo.