Filho de Bolsonaro diz que vai “trabalhar” pelo Chega
O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro disse que está a ajudar o Chega a eleger parlamentares pelo círculo Fora da Europa, nomeadamente no Brasil, onde existem 400 mil potenciais votantes nas eleições legislativas de março. O anúncio foi feito durante a Superlive, como foi batizado um evento em que o terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro esteve ao lado do pai e dos dois irmãos mais velhos, o senador Flávio e o vereador Carlos.
“Estivemos em Portugal, fizemos um evento, estava lá o nosso eterno ministro Onyx Lorenzoni, junto com colegas deputados do Chega, nós vamos trabalhar nestas eleições de Portugal, aqui dentro do Brasil, porque você que é cidadão português vai ter possibilidade, em março, de ajudar Portugal a colocar alguém conservador”.
“Em Portugal, dois deputados são eleitos pela Europa e dois pelo resto do mundo, onde se inclui o Brasil, com 400 mil portugueses aqui aptos a votar, vou falar um pouco mais disso nas redes sociais”, completa Eduardo.
A Superlive foi ao ar no domingo 28 de janeiro, chegou a ter um pico de mais de 470 mil espectadores, ao longo das mais de duas horas e meia de duração, e atingiu, somadas as redes sociais de todos os quatro participantes, 3,7 milhões de visualizações.
No dia seguinte, a Polícia Federal esteve em Angra dos Reis, a casa de paria da família Bolsonaro onde a transmissão foi efetuada, no âmbito de uma operação que apura escutas ilegais a rivais políticos de Bolsonaro efetuadas pela Agência Brasileira de Inteligência durante a gestão do ex-presidente.
Carlos Bolsonaro é suspeito dos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, de interceptação de comunicações telefónicas e de quadrilha
Eduardo Bolsonaro é considerado responsável pelas relações internacionais do bolsonarismo, Flávio das relações políticas no Congresso e Carlos da gestão das redes digitais, um dos segredos, segundo a maioria dos observadores, para o triunfo eleitoral do pai, em 2018.
Onyx Lorenzoni, a quem Eduardo Bolsonaro fez referência, foi ministro em quatro pastas de Bolsonaro, além de candidato derrotado a governador do Rio Grande do Sul, em 2022.