Nuno Melo em Santa Margarida.
Nuno Melo em Santa Margarida.Nuno Brites / Global Imagens

Defesa prepara igualdade salarial entre militares e polícias

Numa reunião do Conselho Superior Militar, presidido pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, foram identificadas as medidas legislativas para equiparar as remunerações das Forças Armadas às Forças de Segurança
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Foi dado nesta sexta-feira o primeiro passo para elevar o nível remuneratório dos militares – especialmente o dos soldados – de forma a atingir o das Forças de Segurança. De acordo com um comunicado oficial do ministério da Defesa Nacional (MDN), na reunião do Conselho Superior Militar que decorreu durante a tarde, “foram identificados os princípios gerais do processo legislativo” que vão permitir a concretização “de um princípio de equiparação” dos militares “com outras dimensões de soberania”.

O gabinete do Ministro Nuno Melo sublinha que este objetivo tem em vista  a “concretização de um processo de dignificação das Forças Armadas, prioritário para o governo de Portugal, que assegure por seu lado a capacidade de recrutamento e a retenção de militares nas fileiras”.

O CSM, presidido pelo ministro da Defesa Nacional, integra o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Nunes da Fonseca, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Gouveia e Melo, o Chefe do Estado-Maior do Exército, Mendes Ferrão, e o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Cartaxo Alves. Nesta reunião participaram também o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa, Álvaro Castelo Branco  e o Ministro de Estado e das Finanças, Dr. Joaquim Miranda Sarmento. 

Nuno Melo já tinha garantido que as Forças Armadas e as Forças de Segurança são “áreas de soberania e têm de estar no mesmo plano de dignidade e resposta”. Numa entrevista ao Expresso, oito dias depois de ter tomado posse, o Ministro sublinhou ainda que “se há preocupações que são muito legítimas das Forças de Segurança na PSP e na GNR, há preocupações muito legítimas no que tem a ver com as Forças Armadas e, por isso, o Governo deve encarar a sua resolução no mesmo plano”.

Na segunda ronda negocial, que decorreu na quarta-feira, o ministério da Administração Interna avançou com uma nova proposta de suplemento para a PSP e GNR que fica pouco acima daquela que já tinha sido apresentada: 10% (proposta anterior era de 7%) para guardas e agentes, 12% (proposta anterior era de 9%) para sargentos e chefes e 14% (proposta anterior era de 10%) para oficiais.

Este valor é calculado tendo como referência o ordenado do comandante-geral da GNR e do diretor nacional da PSP — que corresponde a 5.216,22€. Assim, o aumento será, em valores brutos, de 521€ para guardas e agentes, 625€ para sargentos e chefes e 730€ para oficiais — mais 156 euros para todas as categorias face à proposta apresentada no início do mês.

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