Costa e Marcelo. Um bonsai para evocar um combate de décadas

Presidente da República presidiu esta quinta-feira ao Conselho de Ministros dedicado à floresta, que decorreu no Monsanto.
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"Solidariedade estratégica" - a expressão foi repetida nos mesmos termos pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro, no final de um Conselho de Ministros dedicado ao tema das florestas, esta quinta-feira. Uma reunião que foi presidida por Marcelo Rebelo de Sousa, a convite de António Costa, para assinalar o final do primeiro mandato do chefe de Estado, e que terminou com uma conferência de imprensa conjunta e com António Costa a oferecer a Marcelo Rebelo de Sousa um bonsai centenário, símbolo de um combate que prosseguirá durante os respetivos mandatos e para lá deles.

Na intervenção final, Marcelo fez questão de sublinhar que na questão das florestas - como em "matéria de pandemia" ou de "presidência da União Europeia" - é "fundamental para o país que haja uma solidariedade estratégica" entre os órgãos de soberania

"Todo nos recordamos do que foi a tragédia de 2017", lembrou o Presidente da República, evocando a "estratégia de longo prazo" que foi então lançada, que "visa 2020, mas continua para lá de 2030" e que, mais do que combater os incêndios, visa intervir em aspetos decisivos como o ordenamento do território.

Evocando os 20 anos sobre a tragédia de Entre-os-Rios, que se cumprem esta quinta-feira, Marcelo sublinhou que "não há nada como prevenir para não ter de remediar" e que esse é um combate que "envolve todos os portugueses, independentemente do lugar onde vivam, no país urbano ou no país rural".

Já António Costa sublinhou que o convite a Marcelo para presidir ao último Conselho de Ministros deste primeiro mandato presidencial - um convite que é já uma tradição na política portuguesa - pretendeu "sinalizar a excelente cooperação institucional ao longo destes cinco anos e também a solidariedade estratégica" entre Belém e São Bento ao longo destes anos.

Afirmando que em 2017 "pagámos com um preço brutal em vidas humanas" toda a reforma das florestas que ficou por fazer nas décadas anteriores, Costa defendeu que "estes são processos longos" em que o "maior risco que se pode correr é ir desmobilizando na determinação de fazer a transformação de fundo". Daí o bonsai, símbolo de "perenidade e perseverança", a sinalizar uma aposta que deve estender-se por décadas.

Terminado o Conselho de Ministros, primeiro-ministro e Presidente da República seguiram para São Bento, para um almoço a convite de António Costa.

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