Coimbra. Ex-bastonário destronou histórico socialista
Palmas, abraços e uma certeza às nove da noite: "Ganhámos estas eleições com uma maioria absoluta."
O diretor da campanha do Juntos Somos Coimbra (a coligação PSD-CDS/PP-Nós,Cidadãos-PPM-Volt-RIR-Aliança), António Maló de Abreu, não hesitou em traçar o destino de Costa: "É derrota muito clara do PS e de António Costa, que fez em Coimbra as últimas grandes promessas, vestido de primeiro-ministro."
Manuel Machado, atual presidente de câmara e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, deixou claro em entrevista ao DN que a derrota só teria uma consequência: não ser vereador. Se perder as eleições ou caso não tenha maioria assume o lugar de vereador? Machado não hesitou:" Já o disse e reafirmo: sou candidato a presidente da Câmara de Coimbra."
José Manuel Silva, o novo presidente eleito, tinha a convicção de obter uma votação na ordem dos 42% a 46% e ainda uma certeza: "O Manuel Machado puxa sempre o PS para baixo. E depois há uma diferença clara: nós ficaremos cá... o Manuel Machado só fica se for presidente."
E afinal o que correu mal para que o socialista falhasse a terceira eleição? "Não o que correu mal. Respeito a decisão do povo."
Carlos Cidade, líder da concelhia do PS, atual vice-presidente da câmara, que chegou a ser visto como o "melhor candidato" para estas eleições, assumirá agora o papel de oposição na autarquia.
Para José Silvano, secretário-geral do PSD, o que aconteceu em Coimbra foi muito "significativo".
O CDS assume também a vitória como "uma aposta muito forte desta direção. A vitória de Coimbra é grande, é estrondosa e pode permitir ao CDS recuperar o seu vereador (...) foi uma aposta desta direção, do seu presidente, e contra até algum ruído interno que houve".