Carlos Carreiras diz à AD que "não pode ceder" aos extremismos
O presidente da Câmara de Cascais e ex-dirigente do PSD Carlos Carreiras defendeu este domingo que a AD "não pode ceder" a populismos e radicalismos, apelando à concentração do voto útil na coligação.
No arranque da convenção "Por Portugal", uma iniciativa da coligação Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas antecipadas de 10 de março, Carreiras invocou a experiência de Cascais, onde governa desde 2011 com o CDS-PP.
"Fizemo-lo sempre não cedendo ao radicalismo, não cedendo a extremismos e não cedendo a populismos. O povo português, o povo de Cascais não é um povo estúpido, não alinha em movimentos e propostas extremistas, populistas que não têm nenhuma consistência, nenhuma confiabilidade", defendeu.
O antigo vice-presidente do PSD na direção de Passos Coelho equiparou o extremismo de esquerda e de direita -- dizendo que "são ambos péssimos" -- e fez o apelo à concentração do voto útil na AD.
"No dia 10 de março temos uma decisão: ou queremos que seja novamente o PS a governar este país ou a AD com Luís Montenegro", referiu.
Na comparação, Carreiras, considerou que o PSD sempre que foi chamado ao Governo "cumpriu com as suas obrigações", enquanto os últimos três primeiros-ministros do PS "largaram e abandonaram o país".
"Não me parece muito difícil a opção em cima da mesa no próximo dia 10 de março, tudo o que não seja concentrar votos a nível da AD é estarmos a beneficiar não só quem aposta no extremismo ou populismo ou estarmos a dar o poder a quem já o teve por voto democrático e o desperdiçou por completo nas últimas três vezes", afirmou, dizendo "acreditar na mudança" nas próximas eleições.
A primeira intervenção do dia coube a Pedro Reis, coordenador do "Movimento Acreditar" no PSD, que afirmou que a escolha nas próximas eleições legislativas é "entre conformistas e reformistas, entre dormir e ganhar".
O dirigente social-democrata considerou que o PS está "mais radicalizado e dependente de BE e PCP" e significa "mais do mesmo, anos perdidos", "reformas adiadas e oportunidades desperdiçadas".
Pedro Reis acusou os socialistas de "infantilização e manipulação da opinião pública" e salientou que a AD é alternativa e vai "recuperar o tempo perdido, mas acelerando", através de um "projeto ganhador, ambicioso, serenamente reformista".
"Chegou a hora de mudar, unir, avançar" para "fazer, de uma vez por todas, um Portugal melhor", salientou.
Pela convenção da AD passarão durante o dia mais de 20 oradores, incluindo os líderes do CDS-PP e do PSD, Nuno Melo e Luís Montenegro, e do antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas.