Luís Montenegro apresentou programa da AD - Coligação PSD/CDS no Centro de Congressos de Lisboa.
Luís Montenegro apresentou programa da AD - Coligação PSD/CDS no Centro de Congressos de Lisboa.Foto: Reinaldo Rodrigues

Luís Montenegro lança desafio a Pedro Nuno Santos: “Diga com rigor e seriedade se o IRS desceu ou não”

Primeiro-ministro lançou outra alfinetada ao adversário, referindo-se à sua falta de vontade de reduzir o IRC. “Talvez tenha vivido nas empresas, mas duvido que tenha trabalhado nas empresas”, disse.
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O primeiro-ministro e candidato da AD - Coligação PSD/CDS, Luís Montenegro, desafiou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a dizer se o IRS baixou no último ano, na sequência das referências do líder socialista a “truques do Governo”, após relatos de contribuintes que verificaram reembolsos inexistentes ou claramente mais reduzidos do que em anos anteriores.

Durante o longo discurso em que fez a apresentação do programa eleitoral da coligação, Montenegro deixou “uma pergunta direta ao líder do maior partido da oposição”: “Diga, com seriedade e rigor, se o IRS baixou ou não.” Acrescentou que, caso continue a governar após as legislativas de 18 de maio, baixará este ano mais 500 milhões de euros a cobrança de imposto sobre o rendimento, “em cima daquilo que já decorre da atualização dos escalões do IRS ao dobro da taxa de inflação”.

Outro ataque do líder da coligação de centro-direita ocorreu quando Montenegro apontou o objetivo de baixar a taxa de IRC para 17% até ao final da próxima legislatura, com 15% para as pequenas e médias empresas. “Fazemos esta distinção para motivar ainda mais o essencial do nosso tecido económico”, disse Montenegro, acusando Pedro Nuno Santos de ignorar o impacto da baixa desse imposto no crescimento económico.

Descarregue aqui o programa da AD:

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“Quem vê nisto governar só para alguns é quem não vê o que é governar uma empresa”, disse o social-democrata, dizendo-se “muito admirado” com as críticas do líder socialista, que tem recordado ser “alguém que viveu nas empresas”, sendo filho de um dos maiores empresários de São João da Madeira. “Talvez tenha vivido nas empresas, mas duvido que tenha trabalhado nas empresas”, gracejou Montenegro.

Antes disso, ao referir que “o tempo não é para aventuras e não é para impulsos repentinos”, Montenegro disse que se deve governar com “moderação autêntica”, apontando o dedo àqueles “que se mascaram para a campanha eleitoral”.

E, noutra alusão ao secretário-geral do PS, que derrotou nas legislativas de 2024, recordou como no ano passado foi acusado de ter o handicap de nunca antes ter desempenhado funções governativas, ao contrário de Pedro Nuno Santos. Algo que Montenegro considera estar ultrapassado, ao ponto de constituir neste momento um factor positivo na escolha que o eleitorado fará a 18 de maio. “Vamos comparar a experiência governativa do meu principal oponente quando foi ministro com a minha experiência enquanto primeiro-ministro”, desafiou.

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