O secretário-geral do PS disse este sábado, 26 de julho, estar “do lado dos trabalhadores” na questão da lei da greve, assumindo que abandonar a chamada agenda do trabalho digno e desvalorizar a contratação coletiva são “linhas vermelhas” para o partido.“Não podemos aceitar a precariedade como modo de vida para os nossos trabalhadores. Aquilo que foi apresentado por parte do Governo, agora vai ter a apreciação dos sindicatos. O Partido Socialista quando olhou para as propostas que apareceram, nomeadamente deitar por terra a agenda para o trabalho digno e procurar desvalorizar a contratação coletiva, são linhas vermelhas que o PS não pode aceitar”, frisou José Luís Carneiro.Em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, à margem da apresentação das listas autárquicas locais, Carneiro foi também questionado pelos jornalistas sobre se não considera que o Chega, no plano negocial, não estará à frente do PS, uma vez que já convergiu com o Governo noutras questões, como no IRS e na imigração.“Neste caso, é estar atrás. Porque estar à frente não significa defender o interesse do país nem o interesse dos trabalhadores. Há que saber em que é que se está à frente. Nós estaremos à frente na defesa dos trabalhadores, na valorização dos rendimentos, na valorização dos salários, e numa economia que cresça, que crie riqueza e que promova a justiça social”, defendeu o secretário-geral do PS.Na sexta-feira, o líder do Chega manifestou-se disponível para um “consenso alargado” com PSD, IL e CDS para alterar a lei da greve, defendendo que é preciso equilibrar o direito à greve com a garantia de funcionamento dos serviços públicos.“Nós gostaríamos de, antes de se mexer na lei [da greve], criar um consenso o mais alargado possível sobre os tópicos e os pontos em que é preciso mexer na lei”, afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas.O líder do Chega disse considerar que há um conjunto de medidas que são consensuais entre os partidos de direita sobre a lei da greve, designadamente que “os serviços públicos, como os transportes, não podem parar discricionariamente e as pessoas ficarem sem transportes”..Carneiro diz que jovens socialistas estão preocupados com habitação e rendimentos médios.Montenegro crê que Tribunal Constitucional validará lei dos estrangeiros e rejeita "agenda do A ou do B"