O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, revelou este sábado, 26 de julho, quais são as grandes preocupações dos jovens socialistas, destacando a questão da habitação, a valorização de rendimentos médios, o custo de vida e a qualidade da vida democrática.“Estou aqui para valorizar o trabalho dos nossos jovens socialistas, que querem apresentar uma agenda para o poder local democrático, com prioridades que são muito relevantes para os portugueses. A primeira é a de procurar valorizar os rendimentos médios dos mais jovens”, sustentou.À entrada para a Convenção Autárquica da Juventude Socialista, que decorre em Coimbra, com a participação de cerca de 80 jovens, José Luís Carneiro, destacou que os jovens pretendem melhorar os rendimentos médios, “fazendo-os evoluir para o nível dos rendimentos médios europeus”.“A segunda grande prioridade dos nossos jovens é a habitação, ou seja, é impossível olhar para a passividade do Governo quando Portugal foi o país da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] em que os custos da habitação mais subiram. Não encontrámos uma resposta estruturada, do lado da oferta da parte do Governo e, pior do que isso, a informação que temos dos autarcas é que estão há meses sem conseguir sequer contactar o IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]", acrescentou.Aos jornalistas, o líder do PS indicou que a terceira grande preocupação tem que ver com o custo de vida, nomeadamente o custo alimentar.“É muito importante podermos reafirmar propostas que apresentámos no nosso programa eleitoral, nomeadamente do IVA Zero para os bens alimentares que constituem uma base de produtos alimentares, porque estão a subir de forma exponencial e isso está a ter impactos muito fortes nas famílias”, alegou.Por último, José Luís Carneiro aludiu à qualidade da vida democrática.“Os nossos jovens estão muito preocupados com o modo como a extrema-direita, o populismo, a radicalização das sociedades estão a perturbar o diálogo saudável, construtivo de uma democracia qualificada e europeia, pluralista, diversa, que respeite os direitos humanos e que os valorize todos os dias na agenda quotidiana, na defesa da dignidade de toda a pessoa”, referiu.Questionado sobre a possibilidade de Mário Centeno poder ser candidato a Belém, depois de este não ter fechado a porta ao regresso à vida política em entrevista à RTP, o secretário-geral do PS vincou que já disse o que tinha a dizer sobre as eleições presidenciais.“Apenas podemos dizer que o acolheremos de braços abertos quando e como ele quiser participar na vida do Partido Socialista”, concluiu.."A minha independência não pode ser posta em causa por ninguém". Centeno reage à saída do Banco de Portugal