O primeiro-ministro Luís Montenegro regressa à Assembleia da República, depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2026.
O primeiro-ministro Luís Montenegro regressa à Assembleia da República, depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2026.FOTO: TIAGO PETINGA/LUSA

Debate quinzenal: Carneiro acusa Montenegro de "fazer um Orçamento Retificativo" com mais 200 milhões no ISP

Luís Montenegro enfrenta perguntas das bancadas da oposição ao longo de duas horas. Problemas na Saúde e alterações na legislação laboral serão constantes de um debate a poucos dias da greve geral.
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Montenegro diz que Carneiro "cai no exagero" ao ver "retrocesso civilizacional" na revisão das leis laborais

O primeiro-ministro disse que o secretário-geral do PS "cai no exagero" ao considerar que a revisão da legislação laboral em curso constitui "um retrocesso civilizacional", desafiando-o a verificar o que está a ser feito em países europeus que têm governos da sua família política.

"Vá pela Europa fora ver a legislação laboral dos países governados pelos partidos socialistas", desafiou Luís Montenegro, perguntando a José Luís Carneiro se consegue defender "uma economia dinàmica sem outsourcing".

Nada convencido, o líder socialista dirigiu-se aos "jovens que nos estão a ouvir", acusando o anteprojeto apresentado pelo Governo em sede de concertação social, que motivou a greve geral convocada para a próxima quinta-feira, de conter "medidas de natureza imoral que não podemos aceitar".

Antes disso, José Luís Carneiro citara as preocupações do antigo ministro social-democrata Silva Peneda e do antigo ministro democrata-cristão Bagão Félix com a forma como as alterações foram apresentadas. "Para quê isto quando estamos quase em pleno emprego?", perguntou o líder socialista, defendendo que as propostas do Governo "ofendem os mais jovens, as mulheres, as familias e os mais vulneráveis".

Sem resposta a um desafio feito a Montenegro para explicar aos deputados quais são as normas propostas que permitem à economia portuguesa responder à transição digital, às alterações climáticas e à transição energética, Carneiro disse que Montenegro abriu caminho a que se depreenda "que se tratam de opções ideológicas e de um ajuste de contas com os trabalhadores".

O secretário-geral do PS referira antes que a execução orçamental confirmou as previsões, avançadas nas jornadas parlamentares do seu partido, de que o saldo da Segurança Social superaria os mil milhões de euros, apesar de o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ter apenas "admitido a custo", na discussão do Orçamento do Estado para 2026, que seria de 400 milhões.

"Está disponível para reconhecer, perante os portugueses e as portuguesas, que cometeu uma injustuça, também com apoio do Chega, ao não aumentar as pensões mais baixas?", perguntou o líder socialista ao primeiro-ministro, que lhe apontou "vários equívocos".

Sobre um desafio anterior, de reduzir dois pontos percentuais na taxa de IVA aplicado aos bens alimentares, Montenegro disse que Carneiro "não desconhece que o efeito que essa decisão teria ficaria do lado do produtor e não do consumidor". Já sobre a acusação de que o Governo aumentou impostos nos combustíveis, o primeiro-ministro defendeu que se tratou de "uma diminuição do desconto"

Quanto ao saldo da Segurança Social, Montenegro manteve que as contas transmitidas pelo ministro das Finanças estavam corretas, e aconselhou a que se aguarde pelo final do ano para ter ideia do valor. Mas afastou que um acréscimo em relação ao que estava previsto seja canalizado para aumentos de pensões. "O saldo da Segurança Social é aplicado no Fundo de Estabilização FInanceira. Não vamos gastar o saldo com uma despesa permanente que possa pôr em perigo essa sustentabilidade", reiterou.

O primeiro-ministro aproveitou para dizer que bastou a passagem dos socialistas para a oposição para voltar o "fantasma do passado de um PS que não fazia contas e depois vinha a fatura para os portugueses pagarem".

Por seu lado, Carneiro terminou a sua intevenção, cortada antes do final, tal como a de Montenegro - "este relógio é uma guilhotina implacável", comentou Marcos Perestrello -, defendendo que o primeiro-ministro "não respondeu a nenhuma das três questões e faltou à palavra dada a este Parlamento".

José Luís Carneiro diz que 200 milhões de aumento de receita no ISP permitiria baixar dois pontos no IVA sobre bens alimentares

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, iniciou a sua intervenção no debate quinzenal com uma felicitação irónica a Luís Montenegro, pois "em democracia é a primeira vez que, em apenas 24 horas, se consegue aprovar um Orçamento Retificativo".

O líder socialista referia-se à redução do desconto no Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que terá aumentado a receita fiscal em mais de 200 milhões de euros, apesar de o primeiro-ministro ter garantido à Assembleia da República que "em circunstância alguma aumentaria os impostos".

Calculando que esse acréscimo de receita "já permitiria baixar dois pontos percentuais no IVA dos bens alimentares", o secretário-geral do PS perguntou ao primeiro-ministro se estaria disposto a fazê-lo.

Luís Montenegro disse que "não está disponível para andar a leiloar propostas fiscais", mas sim, "olhando para o edifício fiscal", decidir "aquilo que é mais justo, economicamente mais sustentável e pode ter mais previsibilidade às pessoas e aos agentes económicos".

Enumerando aquilo que o Governo fez nos diversos impostos, o primeiro-ministro admitiu "muita dificuldade para entrarmos em aventuras fiscais, que possam colocar em causa a sustentabilidade das nossas Finanças Públicas", admitindo que num momento futuro o crescimento económico permita novas alterações.

Criticado por Ventura, Montenegro acusa Brilhante Dias de estar a ser "demasiado baixo"

Os problemas do Serviço Nacional de Saúde continuam a dominar o debate quinzenal, com André Ventura a voltar a tomar a palavra para criticar a "incompetência" do Governo de Luís Montenegro, a partir da resposta do primeiro-ministro à situação de atrasos no atendimento no Hospital Amadora-Sintra, que expusera no início da sua intervenção.

"Não pode acontecer daqui a uma semana. Ninguém neste país, que paga impostos por tudo e por nada, pode ficar 18 horas à espera", defendeu o líder do Chega, juntando aos números que começou por apresentar críticas ao encerramento de serviços como a Neonatologia do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa.

"Reconhece o fracasso deste Governo na Saúde?", inquiriu André Ventura, instando o primeiro-ministro a responder se o Governo "está a fazer alguma coisa" e "a ministra da Saúde vale o salário que ganha".

Na sua resposta, Luís Montenegro acusou o interlocutor de "não conseguir discurtir este assunto com seriedade", enumerando as 605.070 cirurgias que o Serviço Nacional de Saúde realizou entre janeiro e outubro deste ano, o que disse representar um aumento de 5,9% em relação ao período homólogo de 2024.

No que toca às cirurgias de doentes oncológicos, o primeiro-ministro disse que há 391 casos de pacientes à espera. "Também queria que fossem zero", acrescentou, reagindo a palavras que vinham da bancada parlamentar socialista. "Estão a aguardar agendamento por razões clínicas. Nao ter respeito por isso é não respeitar a condição das pessoas que se encontram nessa condição", disse Montenegro. E, dirigindo-se ao líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, considerou que "isso é demasiado baixo".

Voltando a encarar André Ventura, Montenegr defendeu que o seu Governo está "a caminhar no sentido de habilitar o Serviço Nacional de Saúde para ter mais capacidade de resposta", pois essa será "a única forma de diminuir tempos de espera". E deixou a previsão de que o líder do Chega "vai continuar a preferir utilizar o caso concreto em que não houve capacidade de resposta ou em que não foi tão eficiente como era desejável", acusando-o de pretender "fazer a mesma demagogia".

André Ventura respondeu que vai "continuar a ter a mesma fúria" enquanto se mantiver a mesma situação, acusando o primeiro-ministro de lhe estar a dizer, e ao país inteiro, "que não vai resolver os problemas da Saúde".

O líder da maior bancada da oposição e o primeiro-ministro também chocaram de frente devido à vontade do Governo em aumentar as propinas dos estudantes universitárias, travada graças à convergência entre Chega e PS. Ventura referiu que "o mal que estão a fazer aos nossos jovens" é motivo para um "descontentamento geral", enquanto Montenegro responder que "não compreender que atualizar as propinas em 13 euros por ano, para reforçar a ação social a quem dela necessita é uma questão de justiça, é não compreender nada".

O líder do Chega contrapôs que esse aumento seria um "sinal errado" para os jovens portugueses, fazendo criar a ideia de que "não os queremos cá e não os queremos valorizar", e também acusou o Governo de aumentar a tributação nos combustíveis, através da diminuição do desconto no imposto sobre produtos petrolíferos.

Os trabalhos acabaram por ficar suspensos durante alguns segundos devido ao que Marcos Perestrello chamou "agitação parlamentar normal" - o vice-presidente da Assembleia da República acabaria por dizer a Ventura que "parece que há deputados da sua bancada que não o querem deixar falar" -, e quando o líder do Chega voltou a tomar a palavra disse que as restantes bancadas "não se deviam rir do aumento dos combustíveis".

Por seu lado, Montenegro admitiu que, "perante uma descida muito significativa nos preços da gasolina e do gasóleo", o Governo aproveitou para recuperar o desconto que estava em vigor. Mas defendeu que isso não teve impacto nos preços pagos pelos consumidores finais, apontando uma quebra de 21 cêntimos por litro.

"Homem, o que vai fazer para resolver o problema da Saúde em Portugal?", pergunta Ventura a Montenegro

O vice-presidente da Assembleia da República, Marcos Perestrello, que está a conduzir o debate quinzenal, teve de intervir depois de o presidente do Chega, André Ventura, utilizar "uma expressão um bocadinho para além do razoável" numa pergunta a Luís Montenegro. "Homem, o que vai fazer para resolver o problema da Saúde em Portugal?", perguntou o também candidato presidencial ao primeiro-ministro, depois de enumerar o que disse ser a manutenção ou o acréscimo de problemas em relação à governação do PS.

"Às vezes excedemo-nos e o senhor deputado André Ventura excedeu-se um pouco", disse o socialista Marcos Perestrello, reagindo às palavras utilizadas pelo líder do Chega, que mudou o rumo do debate quinzenal, até então marcado pela greve geral da próxima quinta-feira e por questões relacionadas com a imigração.

André Ventura começou a sua intervenção com a ideia de que os portugueses estarão sobretudo interessados em que a Assembleia da República e o Governo falem da "brutal guerra civil que a Saúde e as nossas urgências enfrentam". E apresentou o exemplo das 18 horas de espera por atendimento no Hospital Amadora-Sintra, para defender que o "tema mais relevante e importante" é a falta de acesso a cuidados de saúde.

"O Governo prometeu uma revolução na saúde e esta acabou por acontecer. Neste Orçamento do Estado, que acaba de aprovar com o PS, reduz em 10%, num serviço já de si caótico, o apoio a exames, medicamentos e transporte de doentes", acusou Ventura, acrescentando que "isso não é humano num Governo que diz querer ser humanista".

Também partilhou críticas entre o PS e a AD, referindo que "aqueles deixaram 1,2 milhões sem médico de família e o senhor já tem um milhão e meio sem médico de família", e realçou que o aumento do tempo máximo de espera por cirurgia teve um aumento de 20%, para concluir que "estamos pior" apesar dos planos de emergência que foram anunciados.

Luís Montenegro começou por relativizar o que ouviu de Ventura, apontando-lhe "medo de que os seus números não correspondam ao retrato". E, garantindo não estar a "desvalorizar aquilo que corre menos bem", disse que "a grande maioria dos tratamentos e cuidados de saúde correm bem" no Serviço Nacional de Saúde, "fruto dos investimentos que fazemos e da dedicação de todos os profissionais".

Quanto aos tempos de espera, respondeu ao líder do Chega que "é sempre possível pegar num pico de tempo de espera", mas contrapõs que, "se quiser ser sério", deverá reconhecer que o Serviço Nacional de Saúde registou uma redução global de 16% nos tempos de espera, e de 37% no número de dias de encerramento das urgências hospitalares, no período entre janeiro e agosto deste ano.

Quanto aos médicos de famílias, Montenegro defendeu que Ventura "podia ter dito que, face ao que acontecia há um ano, o SNS atribuiu médicos de familia a mais 305.883 utentes". Mas entretanto ingressaram mais 258.762, pelo que o Governo continua a "tentar reforçar os recursos humanos" e aposta no impacto de novas ofertas de resposta, como as Unidades de Saúde Familiar Tipo C.

Imigração entra no debate com defesa da Lei do Retorno

"Quem não percebe a realidade não merece governar", insiste Hugo Soares, introduzindo no debate quinzenal o tema da "imigração desregulada", talvez pelo atual líder José Luís Carneiro, então ministro da Administração Interna, "ter sido o pai do desmantelamento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras".

Voltando a criticar o "caos em que o PS nos deixou", Hugo Soares pediu a Luís Montenegro para explicar a Lei do Retorno, que "fechou o triângulo da política de imigração", aprovada no Conselho de Ministros desta quinta-feira.

O primeiro-ministro defendeu a "maior agilidade e maior capaicdade de sermos consequentes" decorrente do diploma, que será apresentado dentro em breve à Assembleia da República. Nas suas palavras, pretende-se "demonstrar que vale a pena vir para Portugal dentro da legalidade" e que "quem quer vier fora dos princípios legais terá de retornar à sua origem".

Montenegro aproveitou para criticar a "legislação permissiva" dos anteriores executivos socialistas - sobre a manifestação de interesse, salientou que hoje todos reconhecem o seu efeito de chamada -, "cujas regras acabaram por favorecer o abuso", fazendo que "quem incumpre tenha o benefício do incumprimento".

"Vamos poder ter uma imigração regulada e humanista, dignificando as pessoas e as famílias que vêm por bem, para enriquecer os nossos recursos humanos e construir o seu projeto de vida", defendeu o primeiro-ministro, recordando passos tomados nesse sentido, como a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP e as alterações da Lei de Estrangeiros e na Lei da Nacionalidade.

Montenegro diz que "greve não faz sentido" e que partidos da oposição "caíram na armadilha da CGTP"

O primeiro-ministro defendeu que a greve geral convocada para 11 de dezembro é "uma greve política" e que "não faz sentido". Numa resposta à intervenção inicial de Hugo Soares, Luís Montenegro reconheceu o "respeito integral pelo legítimo direito à greve", mas enumerou indicadores, como a subida de 6,7% no rendimento médio dos trabalhadores portugueses em 2024, realçando ter sido o maior aumento dos países da OCDE, "por via do aumento dos salários e da diminuição dos impostos sobre os rendimentos do trabalho".

A quarta descida consecutiva do IRS num ano e oito meses de governação e a perspetiva de que o salário mínimo nacional volte a subir foram outros argumentos apresentados pelo primeiro-ministro, que disse não se conformar com um país a crescer a dois por cento ao ano. "Queremos 3,5% de crescimento económico", disse, recordando ainda a tendência para o regresso de jovens que emigraram de Portugal.

Perante a reação da bancada do PS, Montenegro reconheceu que essa tendência se verifica nos últimos quatro anos, abrangendo o final da governação de António Costa, mas pediu aos socialistas "a mesma ombridade de dizerem que estamos no caminho certo, a construir essa tendência e o Portugal do futuro".

Numa troca de palavras com o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, que destacou o contributo do antigo ministro das Finanças, Fernando Medina, o primeiro-ministro respondeu que se pode falar em "acordos Montenegro, em acordos Miranda Sarmento, mas Medina não assinou nenhum". E provocou o deputado socialista, dizendo que este talvez tenha sonhado assinar alguns, mas "vai esperar muitos anos até voltar a ter a mesma oportunidade", prevendo que o partido do Largo do Rato permaneça afastado do poder. "Desejo-lhe bons sonhos, senhor deputado", insistiu Montenegro.

Por fim, o primeiro-ministro questionou os motivos do protesto decidido pelas centrais sindicais. "Uma greve geral para quê e para reclamar o quê?", interrogou-se, defendendo que "há todas as condições para atingir um acordo que possa consagrar aspetos positivos para todas as partes envolvidas" no processo.

De seguida, Hugo Soares responde que "muitos trabalhadores vão fazer greve porque não terão comboio para irem trabalhar", por consequência daquilo que qualifica como "um protesto infundamentado".

Hugo Soares ataca argumentos do PS e motivos para a greve geral

A arrancar o debate, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, insurgiu-se contra o facto de a greve geral, convocada pelas centrais sindicais CGTP e UGT para a próxima quinta-feira, 11 de dezembro, ocorrer numa altura em que o Governo de Luís Montenegro valorizou 21 carreiras da Administração Pública, e em que diminuíram "os impostos sobre quem trabalha", bem como sobre as empresas, "que têm hoje melhores condições para pagar melhores salários, que estão a pagar".

Numa intervenção crítica para as centrais sindicais e para a oposição de esquerda, mais sobretudo dirigida contra o PS - que destacou ter enfrentado "zero greves gerais" ao longo de oito anos de governação -, Hugo Soares questionou os argumentos dos socialistas a favor da paralisação decidida para a próxima quinta-feira.

No que toca à legitimidade, o líder parlamentar e secretário-geral do PSD disse que o PS "repete todos os dias, como se fosse uma verdade absoluta", que a coligação de centro-direita não referiu a revisão das leis laborais na campanha eleitoral para as legislativas. Mas contrapôs que a anteprojeto de alteração está mencionado em várias páginas do Programa Eleitoral e também do Programa de Governo que foi viabilizado pelo segundo partido mais votado e o terceiro com maior número de deputados. "Esqueçam lá o argumento da legitimidade, porque esse é falso", rematou.

Sobre o argumento do timing ser errado para alterar a legislação laboral, tendo em conta os bons resultados da economia portuguesa, Hugo Soares aproveitou para citar as palavras do deputado socialista Hugo Oliveira, que terá dito que não se percebe tal iniciativa quando "a economia cresce como nunca e o emprego está em máximos históricos". Para o líder parlamentar social-democrata, "as reformas não se devem fazer em momentos de crise".

Por fim, Hugo Soares referiu-se às acusações de que o anteprojeto de revisão presentemente discutido em sede de concertação social inclui alterações que constituem "uma violência para a proteção parental" de mães e pais. "Foram ver, foram ler, e afinal tudo o que se dizia não tinha a ver. Também o argumento sustantivo caiu por terra", defendeu.

Por fim, voltando a recordar a ausência de greves gerais durante os executivos de António Costa, o social-democrata disse que "não há greves sem intenções políticas".

Tudo pronto para o início dos trabalhos

O Governo entra na sala de sessões da Assembleia da República dois minutos depois da hora marcada, com Luís Montenegro à frente. Os trabalhos serão conduzidos pelo vice-presidente da Assembleia da República, Marcos Perestrello, que destaca a presença do primeiro-ministro também no debate prepatório do Conselho Europeu, que se vai seguir ao debate quinzenal.

Debate marcado para as 10h00

O primeiro-ministro Luís Montenegro regressa à Assembleia da República, depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2026, e a poucos dias da greve geral convocada para 11 de dezembro, para ouvir as perguntas das bancadas parlamentares. Alterações à legislação laboral e problemas no Serviço Nacional de Saúde deverão dominar a manhã no hemiciclo.

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