O antigo presidente Cavaco Silva lamentou esta terça-feira, 22 de outubro, a morte de Francisco Pinto Balsemão, recordando que a condecoração da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade que lhe concedeu foi a “expressão máxima de gratidão” pelo seu contributo ao país.Num comunicado enviado à Lusa, o ex-presidente sublinha o contributo do fundador do Partido Social Democrata e antigo primeiro-ministro para a Liberdade e a Democracia em Portugal, razão pela qual entendeu agraciá-lo com a condecoração.Lembrando a sua ousadia e pioneirismo na comunicação social livre, Cavaco Silva sublinha que Pinto Balsemão foi “também um empresário fundamental para a liberdade de imprensa no País, enquanto fundador do Expresso e da SIC”.“Pioneiro na comunicação social livre, mesmo antes da Liberdade vingar, Pinto Balsemão mostrou ousadia perante o antigo regime”, escreve o antigo presidente, destacando que “a fundação do então Partido Popular Democrático, a 6 de maio de 1974, ao lado de Sá Carneiro e de Magalhães Mota, permanecerá como um legado para a história da nossa Democracia”.Na atividade de Pinto Balsemão como primeiro-ministro e líder do PSD, Cavaco Silva destaca “o seu empenho na revisão constitucional de 1982 e nas negociações para a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia”.“Nesta hora de tristeza, envio à sua família, em meu nome e no da minha mulher, as mais sinceras condolências e curvo-me perante a sua memória”, finaliza o antigo presidente.Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira aos 88 anos.A notícia da morte do militante número um do PSD foi transmitida pelo presidente social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante uma reunião do conselho nacional do partido, em Lisboa.Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1980 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.