Chega 26,15%, AD 16,02% na emigração. Ventura: "Não seremos os líderes da destruição"
Terminou a contagem de votos da emigração. Chega com 26,15%; AD com 16,02 %
"O sistema político nunca mais será igual"
Ventura afirmou ainda estar-se "nas tintas para os lugares", numa referência às nomeações políticas, depois de repetir a ideia que "o sistema político nunca mais será igual".
"A partir de hoje nada será como antes. Porque o sistema político fez ele próprio uma transformação. Sem exageros, sem euforias", repetiu a ideia já mencionada na noite eleitoral de 18 de maio. "Temos que saber ler com responsabilidade esta alteração. O sistema político nunca mais estará igual."
"Quero mudar a vida dos portugueses. Quero mudar a alma deste país", disse André Ventura.
E deixou ainda um apelo: "Não tenham medo. As mudanças geram sempre medo nos países. As mudanças geram sempre medo nas comunidades. Mas não tenham medo. Este país precisa de mudar. E nós temos que lhes dizer que estamos prontos para mudar. Homens e mulheres deste país, maiorias e minorias, emigrantes e imigrantes, não tenham medo."
Ventura fez ainda questão de dizer que o "partido tem a democracia na sua génese e na sua alma. Lutou no terreno da democracia e conquistou por mérito próprio o lugar de maior partido da oposição no terreno da democracia. Foi firme, foi às vezes assertivo e disruptivo. Disse o que tinha que ser dito. Não teve medo, mesmo quando tinha que afirmar que se as minorias querem direitos, têm também que ter deveres."
"O Chega foi o partido mais votado no mundo inteiro"
André Ventura faz o discurso de vitória com palavras de agradecimento às comunidades, dizendo que "o Chega foi o partido mais vorado no mundo inteiro", pois o partido foi o mais votado tanto no ciírculo da Europa como Fora da Europa.
O líder do Chega acrescenta que irá agora "trabalhar, trabalhar, trabalhar", prometendo assumir com responsabilidade o mandato que esta votação lhe atribui.
Ventura, como segunda força política, promete "a maior mudança de regime que podíamos ter hoje". "Mas é uma mudança de regime tranquila e saudável. É a mudança de regime de um povo que está cansado de 50 anos do mesmo", disse.
"De 50 anos de conluoio de interesses e de estagnação", classificou. E depois assumiu um discurso aparentemente cauteloso: "Nós ganhámos. Mas quando se ganha em política não é para se esfregar na cara dos adversários. É para trabalhar, trabalhar e trabalhar em prol de Portugal. Por isso assisti hoje com naturalidade a esta vitória. Não a naturalidade da arrogância e do orgulho, mas do trabalho feito."
E voltou a virar o discurso para os emigrantes: "Aqueles que tiveram que partir para outros países em busca de uma vida melhor, saíram daqui e não foram zangados com o país. Saíram daqui zangados com PS e PSD e com 50 anos de uma governação que não te deu as respostas que precisavam de ter."
"Os nossos emigrantes saíram deste país para ir procurar noutros, com trabalho, com suor e com lágrimas, uma vida melhor para a sua família. E sabem bem o que é viver em países onde as fronteiras deixaram de existir e onde toda a bandidagem entrou de qualquer maneira para destruir os países em que estavam", disse o líder do Chega, justificando desta forma a votação no seu partido.
"O nosso e o nosso objetivo é claro", prosseguiu. "Nós não queremos vencer por vencer. Nós não queremos vencer como PS e PSD para distribuir lugares pelos amigos ou pelos mais próximos. Nós queremos vencer para que homens e mulheres como aqueles que hoje votaram em nós pelo mundo inteiro possam voltar para esta enorme nação que é Portugal e ter aqui um país digno".
Nesse sentido, Ventura prometeu: Não seremos os líderes da destruição. Não seremos os líderes do bota abaixo pelo bota abaixo. Não seremos os líderes da crítica fácil. Seremos o partido que, a partir de hoje, começará a construir uma alternativa para este governo."
O Chega será, prometeu ainda, "o partido da ordem, o partido da estabilidade, mas também o partido do escrutínio e do confronto". "Porque nunca tivemos medo do confronto, mesmo quando ele era difícil. Nós não esquecemos as nossas origens nem as nossas raízes."
Chega passa a segunda força "com os votos daqueles que tiveram de partir por causa do PS e do PSD"
O presidente do Chega, André Ventura, realçou esta noite de quarta-feira que os votos da emigação do seu partido são "o dobro de PS e PSD juntos.
Em declarações aos jornalistas ainda antes do que será o discurso de vitória deste escrutínio, Ventura fez questão de dizer: "O Chega torna-se o líder da oposição precisamente com os votos daqueles que tiveram de partir por causa do PS e do PSD."
O partido "venceu o círculo da Europa e fora da Europa", disse Ventura, que fez questão de realçar: "Os emigrantes sabem o que é socialismo, o que é social-democracia, o que é subsídio-dependência, o que é emigração descontrolada, o que são os desafios que estamos a enfrentar agora", sendo esta, para ele, a explicação desta votação.
Ventura repetiu uma ideia que já dissera na noite eleitoral, de 28 de maio: "O sistema político hoje muda para sempre. Nada será como dantes", e realçou que "o Chega tem o dobro de votos do PS e do PSD".
"Um partido com seis anos tem o dobro de partidos com 50 anos de implementação", sublinhou. "A sociedade civil tem de perceber que o país está a mudar."
André Ventura garantiu que, agora, irá "liderar oposição com responsabilidade", mas será uma oposição "diferente".
Deixou ainda um recado ao futuro primeiro-ministro: "Luís Montenegro perde na Europa e fora da Europa. Terá de saber interpretar esses resultados."
E prometeu "estabilidade e ordem". "Respeitamos o tempo dos portugueses".
Chega volta a vencer no Brasil, mas com menos votos. 99,94 dos resultados globais apurados. Chega ultrapassa PS em mandatos
Na reta final do apuramento dos votos para as Eleições Legislativas de 2025, o Chega volta a vencer no Brasil, com 12.930 votos (25,35 %), menos 794 votos do que em 2024.
Entre os três principais partidos, neste território, a AD foi quem perdeu mais, com 7.909 votos (15,51 %), quando no ano passado tinha conseguido 11.406 votos (20,45 %).
Com uma queda menor, o PS solidificou a terceira posição, com 6.974 votos (13,67 %), menos 1.562 votos do que em 2024.
Espanha seguiu uma tendência semelhante à da China, onde a AD vence, com menos votos do que no ano passado, e PS e Chega, respetivamente em segundo e terceiro lugares, sobem.
Neste momento, com 99,94% dos resultados globais apurados, o Chega reduz a distância em relação ao PS, com uma diferença de 4551 votos, no entanto, AD e Chega já conseguiram os dois primeiros mandatos nos círculos da emigração, o que coloca o partido de André Ventura à frente da bancada socialista em termos de mandatos.
AD, ao eleger José Manuel Fernandes pelo círculo da Europa, está com 87 deputados. O Chega, ao ganhar um mandato para José Dias Fernandes, pela Europa, passa a ter 59 deputados, mais um do que o PS.
AD volta a vencer na China, mas perde votos. PS e Chega sobem face a 2024
A AD venceu novamente na China, com 1.923 votos (33,36 %), mas perdeu 383 votos face a 2024. PS, outra vez em segundo lugar, com 1.223 votos (21,21 %), supera o resultado do ano passado, quando conseguiu 745 votos (12,10 %).
O Chega volta a firmar-se em terceiro, com 395 votos (6,85 %), mais 65 face a 2024.
Neste momento, com 99,87% dos resultados globais apurados e nenhum dos quatro mandatos da emigração atribuídos, o Chega está a 10.083 votos do PS.
AD em primeiro no Canadá. Chega aproxima-se mais do PS nos resultados globais
A AD ficou em primeiro lugar no Canadá, com 3.123 votos (19,80 %), logo seguida pelo Chega, com 2.717 votos (17,23 %). O PS fica em terceiro, com 1.858 votos (11,78 %), mas não cai muito em número de votos face ao ano passado, quando teve 1.884 votos (14,36 %).
Também nos Países Baixos a AD venceu, angariando 1.054 votos (18,65 %), com o chega não muito distante, a conseguir 17,24 %974 votos.
O PS, na terceira posição, conseguiu 778 votos (13,77 %), mas a margem em relação ao Chega está a diminuir.
Neste momento, em termos globais, o PS tem mais 9 930 votos do que o Chega, mas ainda falta apurar o resultado do Brasil, onde, em 2024, o Chega teve mais cerca de 5 mil votos do que o PS.
Chega ganha com margem curta no Reino Unido. AD vence nos Países de África
O Chega passou de um terceiro lugar no Reino Unido e Irlanda do Norte, no ano passado, para primeiro lugar agora, com 6.290 votos (16,00 %). Em 2024, o Chega tinha conseguido quase metade deste resultado, com 3.769 votos (10,12 %).
O PS, que em 2024 tinha ficado em primeiro, desce agora para segunda posição, com 5.193 votos (13,21 %).
A AD, que em 2024 estava em segundo lugar, com 4.681 votos (12,57 %), fica agora em terceiro, com 5.138 votos (13,07 %), melhorando, ainda assim o resultado.
Nos Países de África, a AD volta a ficar em primeiro, com 1.143 votos (31,90 %), mas o PS, que no ano passado tinha ficado em segundo, cai agora para terceiro, com 582 votos (16,24 %).
O Chega, neste território, consegue ficar logo a seguir à AD, com 729 votos (20,35 %).
Cesário diz que AD elege dois deputados pela emigração e Chega deverá conseguir outros dois
O social-democrata José Cesário disse esta quarta-feira à Lusa que foi eleito pelo círculo Fora da Europa e que a coligação PSD/CDS também conseguiu eleger um deputado pelo círculo da Europa.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse que a votação entretanto apurada garante a sua eleição, assim como a de um deputado para a Europa, cujo cabeça de lista é José Manuel Fernandes.
Cesário falava nas instalações da FIL, em Lisboa, onde estão a ser apurados os votos dos portugueses residentes no estrangeiro.
Os dados oficiais indicam que o Chega está à frente nesta contagem, seguido da coligação PSD/CDS e do PS.
O Chega deverá eleger dois deputados, um por cada círculo (Europa e Fora da Europa), embora estes resultados ainda não sejam oficiais.
A confirmar-se estas estimativas, que os partidos estão a elaborar no recinto onde os votos estão a ser contados, o Chega será o principal partido da oposição em Portugal e o PS perde, não só este lugar, como um deputado que tinha elegido em 2024 (Paulo Pisco).
AD volta a vencer nos Estados Unidos. Chega e PS também melhoram resultados face a 2024
A AD voltou a conseguir o primeiro lugar entre os emigrantes portugueses nos Estados Unidos, com 2.511 votos (21,62 %), superando os 2.194 votos (20,11 %) que obteve no ano passado.
O Chega voltou a estar na segunda posição, com 1.984 votos (17,08 %), mas superando os 1.219 votos (11,17 %) de 2024.
O PS também melhorou em relação às legislativas anteriores, ficando agora com 1.273 votos (10,96 %). No ano passado, os socialistas tinham conseguido 1.188 votos (10,89 %).
Chega com 45% dos votos na Suíça
Nesta fase, em termos globais dos resultados da legislativas, o Chega está a 11.401 votos de distância do PS. O partido de André Ventura arrasou completamente na Suíça, tendo conseguido obter 24.533 votos (45,72 %).
A AD, em segundo lugar, congregou 7.333 votos (13,67 %), enquanto o PS, repetindo a posição de 2024, ficou em terceiro lugar, com 4.664 votos (8,69 %).
Na Suíça, em 2024, o Chega também tinha sido o vencedor, com 16.226 votos (32,62 %).
Chega com mais votos em França do que PS e AD juntos
Com os dois consulados franceses já apurados, o Chega alarga a distância em relação ao PS e à AD. O partido liderado por André Ventura conseguiu em França 27.369 votos (28,85 %), praticamente duplicando o resultado do ano passado, que ficou firmado em 14.215 votos (16,75 %).
Neste momento, apenas nestes dois consulados, o Chega já tem mais votos do que PS e AD juntos, que conseguem, respetivamente 13.666 votos (14,41 %) e 12.152 votos (12,81 %).
No ano passado, em França, o PS ganhou, com 15.779 votos (18,59 %), com o Chega logo atrás, com 14.215 votos (16,75 %).
A AD, em 2024, ficou com 10.717 votos (12,63 %), atrás do Chega.
Com os dois consulados francesesjá apurados,AD vence na Alemanha
A AD foi a força política mais votada no consulado da Alemanha com 4.410 votos (19,60 %), logo seguida pelo PS, com 4.252 votos (18,90 %).
O Chega, contrariando a tendência revelada nos consulados da Bélgica e do Luxemburgo, onde está à frente, na Alemanha ficou em terceiro lugar, com 4.229 votos (18,80 %).
Nas legislativas do ano passado, o Chega também tinha ficado em terceiro lugar, mas com praticamente metade dos votos que conseguiu agora, tendo conseguido angariar 2.631 votos (13,00 %).
Em 2024, o PS tinha sido o partido mais votado, ainda que tivesse tido menos votos do que este ano: 4.061 votos (20,07 %).
A AD, com um segundo lugar em 2024 na Alemanha, arrecadara 3.659 votos (18,08 %).
Todos os boletins dos emigrantes registados, Chega é o mais votado
Todos os boletins de voto dos portugueses residentes no estrangeiro que chegaram a Portugal já estão registados, com o Chega a ser o partido mais votado, segundo dados oficiais.
Dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), que são divulgados em vários ecrãs num pavilhão da Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorre a contagem dos votos dos emigrantes portugueses, indicavam, às 17:02, que tinham sido registados 155.808 boletins (44,22%).
Na terça-feira, tinham sido registados 196.506 boletins.
Os resultados oficiais indicam que, às 17:14, quando estavam apurados 11,76% dos votos, o Chega estava à frente, com 28,77% dos votos, seguido da coligação AD - PSD/CDS (17,23%) e do PS (12,84%).
Na FIL ainda continuam a trabalhar várias das 150 mesas de votos, organizadas em dez filas, que continuam a registar os votos. Às 17:00, faltavam fechar 90 mesas.
Até ao momento não existem dados oficiais sobre as escolhas destes eleitores, mas fonte partidária adiantou à Lusa que o Chega é o partido mais votado.
Cerca das 17:00, o Chega reunia 32.385 votos, o PSD 38.235 votos e o PS 63.429 votos.
Números que, contudo, vão sendo permanentemente atualizados, mas apontam o Chega como vencedor.
As mesas que vão fechando as suas listas expõem os resultados nas paredes do pavilhão, nas quais é possível apurar níveis elevados de votos nulos, que não são, contudo, uniformes.
A Lusa identificou listas com votos nulos superiores a 50%, mas também com valores como 1% ou 2%.
Lusa
Votos estão a ser contados
CDS analisa resultados das legislativas enquanto antecipa autárquicas. E há tempo para aprovar contas do partido
O Conselho Nacional do CDS vai reunir-se esta quinta-feira, às 21 horas, na sede nacional do partido, para analisar "resultados eleitorais das recentes legislativas e da situação política nacional", antecipam os centristas em comunicado.
Ainda no primeiro ponto da ordem de trabalhos, o CDS vai debater as eleições autárquicas, previstas para outubro, inserindo este tópico no tema "situação política nacional".
Como segundo e último tema da reunião, o partido promete debater a "aprovação das contas do partido".
Conselho Nacional do PSD analisa resultados das legislativas e vota apoio a Mendes para Belém
O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se na quinta-feira pela primeira vez desde as legislativas que deram a vitória à AD para analisar a situação política e votar o apoio à candidatura presidencial de Marques Mendes.
Na reunião, será feita a análise dos resultados eleitorais das legislativas de 18 de maio, que ditaram um reforço da AD em votos e mandatos – e, sobretudo, na distância para o segundo e terceiro classificado em relação à última legislatura -, mas longe de uma maioria absoluta.
O resultado - com o Chega a poder ultrapassar o PS em número de deputados e tornar-se a segunda força política - ditou de imediato a demissão do líder socialista, Pedro Nuno Santos.
Quer o secretário-geral interino do PS – o presidente do partido Carlos César – quer o até agora candidato único à liderança, José Luís Carneiro, já sinalizaram que os socialistas vão viabilizar a entrada em funções do XXV Governo Constitucional, com Carneiro a defender que deve ser a AD a dar o primeiro passo para o diálogo e a afastar, para já, uma comissão de inquérito à empresa Spinumviva, na origem da crise política.
Nos últimos dias, a IL anunciou que irá avançar com um projeto de revisão constitucional – o que desencadeará automaticamente um processo de revisão -, ideia apoiada pelo Chega, que desafiou os líderes do PSD e dos liberais a um entendimento prévio nesta matéria, ainda sem resposta pública.
Estes três partidos, juntos, têm mais de dois terços dos deputados, mas também a soma dos parlamentares do PSD, PS e IL permite essa maioria.
O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, mantém-se em silêncio desde a noite eleitoral, não tendo sequer prestado declarações aos jornalistas na primeira audiência com o Presidente da República, dois dias após as eleições.
Na noite eleitoral, leu os resultados como um voto de confiança enquanto primeiro-ministro, no Governo e no projeto político da AD, prometendo diálogo, mas pedindo responsabilidade “às oposições”, sem falar nem no PS nem no Chega.
Em relação a 2024, e sem os círculos da emigração, a AD subiu pelo menos 9 deputados e cerca de 140 mil votos, totalizando 89 parlamentares e 32,7% dos votos, com PS e Chega para já com 58 parlamentares.
Nessa ocasião, o líder da AD disse “não ver outra solução de Governo” que não passe por PSD e CDS-PP: “O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro; o povo quer que este Governo dialogue com as oposições, mas o povo também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro”.
Na quinta-feira, Montenegro vai voltar a ser ouvido por Marcelo Rebelo de Sousa e poderá ser indigitado nessa ocasião novamente primeiro-ministro, ainda antes de chegar ao Conselho Nacional do partido.
De acordo com a convocatória do órgão máximo do PSD entre Congressos, a reunião terá também na ordem de trabalhos, além da análise da situação política, o “apoio a candidatura a Presidente da República”.
Apesar de a convocatória não referir qualquer nome, vários dirigentes do PSD, incluindo Luís Montenegro, já deixaram claro que irão propor ao partido o apoio ao seu antigo líder Luís Marques Mendes, que apresentou a candidatura no início de fevereiro para as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano.
O Conselho Nacional do PSD, marcado para as 21:00 num hotel em Lisboa, vai realizar-se poucas horas depois de o almirante Henrique Gouveia e Melo apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República, iniciativa marcada para as 19:00 na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.
De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional “aprovar as propostas referentes ao apoio a uma candidatura a Presidente da República”.
Nas últimas presidenciais, o PSD aprovou, na direção de Rui Rio, o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa Belém em setembro de 2020, ainda antes de o próprio a ter anunciado, uma moção que passou sem votos contra (61 a favor e nove abstenções).
Lusa
Carlos César já assume resultado: "PS deverá passar a terceiro maior partido"
Os votos da emigração ainda não foram contados, mas o presidente do Partido Socialista já assume que o PS passará a terceira força política.
"Tal como já se esperava após terem sido conhecidos os resultados no território nacional, o PS deverá passar a ser o terceiro maior partido em número de deputados depois de apurados os votos nas comunidades, na Europa e fora da Europa", escreveu Carlos César nas redes sociais.
"Portugal precisa do melhor que sejamos capazes. Teremos tempo, depois, para refletir e para corrigir percursos e voltar a merecer uma confiança reforçada dos portugueses", apela o dirigente, que lembra que o PS terá uma nova liderança a partir de 28 de junho.
"Só pode haver um caminho no PS: unidos, a remar para o mesmo lado e valorizando os melhores para estarem connosco nas eleições autárquicas", acrescentou.
Mais de um quinto dos votos dos emigrantes chegou a Portugal
Mais de um quinto dos votos dos eleitores portugueses residentes no estrangeiro chegou a Portugal até terça-feira, registando-se uma percentagem superior à registada nas eleições legislativas do ano passado, segundo dados oficiais.
O relatório da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) desta quarta-feira dá conta de que, até ao final de terça-feira, chegaram 347.932 cartas com os boletins de voto dos portugueses no estrangeiro.
Trata-se de 22,04% dos eleitores inscritos, uma percentagem superior à de 2024 (20,68%), em período homólogo da receção das cartas.
Além de terça-feira, e desde que as cartas com os boletins de voto começaram a chegar a Portugal, apenas no dia 20 de maio se registou uma percentagem superior à das legislativas do ano passado: 15,34% em 2025 e 15,06 em 2024.
Nos restantes dias, a percentagem de cartas recebidas foi sempre inferior.
Para este ato eleitoral estavam inscritos 1.578.890 eleitores portugueses residentes no estrangeiro.
Resultados dos círculos da emigração são conhecidos esta quarta-feira
Bom dia!
Os resultados dos círculos eleitorais da emigração serão conhecidos esta quarta-feira.
O apuramento dos votos dos emigrantes portugueses, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), deverá eleger dois deputados para o círculo da Europa e dois deputados para o círculo Fora da Europa.
O resultado irá ainda determinar quem será o segundo partido mais votado nas eleições de 18 de maio: PS ou Chega.
A AD - Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de 18 de maio, com 89 deputados, se se juntarem os três eleitos pela coligação AD com o PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, 58.
Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD dividiram os mandatos pela Europa e Fora da Europa, mas este bipartidarismo terminou em 2024, quando o Chega elegeu um deputado por cada um dos círculos.