Ramalho Eanes foi o primeiro a ser condecorado com a Ordem Militar de Avis.
Ramalho Eanes foi o primeiro a ser condecorado com a Ordem Militar de Avis.Foto: José Sena Goulão / Lusa

10 de Junho. Marcelo ataca nacionalismo, Ventura não quer devolver "nada" a ex-colónias e César pede "firmeza"

As cerimónias do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, decorreram em Lagos, no Algarve.
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Montenegro quer Estado sem intromissões e "dirigismos ideológicos"

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esta terça-feira que quer um Estado que seja uma base para "cada um ser aquilo que quiser", sem intromissões, nem "dirigismos ideológicos".

Num vídeo publicado na sua conta de Instagram, Luís Montenegro, afirmou que é "possível construir um Portugal seguro, um Portugal que olha para os portugueses e lhes dá as ferramentas para terem uma casa digna, uma saúde de qualidade e um ensino com espírito transformador. Um Portugal onde o Estado sirva de base para cada um ser aquilo que quiser, sem intromissões nem dirigismos ideológicos". 

Na mensagem, no âmbito da celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o primeiro-ministro adiantou que "os portugueses clarificaram recentemente o país que procuram" e acrescentou Portugal não precisa de mais nada para ser o país que quer ser. 

"Temos uma das mais amplas zonas económicas do planeta, estamos numa posição estratégica e no epicentro do mundo ocidental e somos um lugar de gente dinâmica e empreendedora, com um território rico em recursos e potencialidades. Não precisamos de mais nada para sermos o país que realmente queremos ser", disse.

Montenegro realçou que Portugal já foi "uma nação com uma história cheia de conquistas e descobertas", salientando que o país já "ultrapassou desafios para dar novos mundos ao mundo e para construir ainda hoje as pontes que tecem algumas das mais relevantes ligações internacionais".

Lusa

Gouveia e Melo ouve gritos sobre traição em homenagem a ex-combatentes

O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo participou hoje, em Lisboa, numa cerimónia do 10 de Junho de homenagem aos ex-combatentes, na qual ouviu gritos de traição e insultos racistas devido à presença do imã de Lisboa.

A cerimónia, intitulada XXXIII Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes, realizou-se, como todos os anos, no Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, Lisboa, e foi igualmente acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e por centenas de pessoas, a maioria das quais ex-combatentes.

Com início às 12:00, precisamente na altura em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fazia o seu tradicional discurso do 10 de Junho em Lagos, a cerimónia contou com os discursos do presidente da Comissão Executiva que organizou este encontro, major-general Avelar de Sousa, e do coronel comando Paulo Pipa de Amorim.

Gerou-se, contudo, alguma tensão quando o imã da Mesquita Central de Lisboa, sheik David Munir, subiu ao palanque à frente do monumento, num momento que a organização apresentava como “uma cerimónia inter-religiosa católica e muçulmana”.

Quando o sheik se estava a dirigir para o palanque, um homem vestido com uma farda caqui insurgiu-se, aproximando-se do local e começando a gritar que a presença do imã de Lisboa nesta cerimónia era “uma traição ao povo português”.

“Isto é uma vergonha, pá. Isto é não é a tua pátria”, gritou outro homem no final da breve intervenção de David Munir, antes de se dirigir a Gouveia e Melo, que se encontrava à sua frente, a poucos metros de distância.

“O almirante Gouveia e Melo está entregue aos traidores”, acusou, continuando com insultos de caráter racista durante largos minutos, antes de as autoridades intervirem - numa altura de quase confronto físico com outras pessoas que lhe pediam para se calar - e o retirarem para um espaço mais recuado, onde alguns cidadãos faziam a saudação nazi.

No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, Gouveia e Melo foi questionado sobre este incidente, mas não se quis pronunciar, afirmando apenas que “estes momentos são de união e não de desunião”.

“E é isso que é importante manter”, defendeu, pouco depois de, no final da cerimónia, ter sido rodeado por muitas pessoas que o cumprimentaram e lhe pediram para tirar fotografias.

Sobre a mensagem que pretendia passar aos portugueses neste dia, Gouveia e Melo frisou que a cerimónia foi de “gratidão às pessoas que combateram em África” e a “todos os outros combatentes”.

“São aqui respeitados e lembrados na nossa alma e espírito e isso é importante porque um povo sem memória é um povo que, depois, também perde o seu futuro”, considerou.

Interrogado sobre porque é que optou por marcar presença nesta cerimónia em vez de participar na que se realizou em Lagos, Gouveia e Melo respondeu que esta cerimónia em particular lhe “diz bastante”.

“O respeito aos antigos combatentes é importante e, tendo eu disponibilidade para também dar alguma visibilidade a esta cerimónia, predispus-me e julgo que é muito importante para estas pessoas que estão aqui sentirem-se acarinhadas por todos”, considerou.

Questionado, contudo, se esta sua presença não pode ser interpretada como uma tentativa de utilizar o 10 de Junho para fazer campanha junto de ex-combatentes, Gouveia e Melo respondeu apenas: “É a sua interpretação.”

Lusa

CDS destaca justiça na decisão de Marcelo de condecorar Ramalho Eanes

O líder parlamentar do CDS elogiou hoje a condecoração do antigo Presidente da República Ramalho Eanes, considerando que o general teve um papel decisivo na consolidação da democracia, destacando a operação militar de 25 de Novembro.

Esta posição foi defendida por Paulo Núncio em declarações aos jornalistas, no final da sessão solene comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Lagos, no distrito de Faro, que foram presididas pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa cerimónias que tiveram a presença do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro, o líder parlamentar do CDS referiu que “no dia 10 de Junho se deve comemorar Portugal”.

“É um dia para sentirmos orgulho de ser portugueses, sentirmos orgulho da nossa História, sentirmos orgulho do nosso presente e do nosso futuro. Portugal tem todas as condições para ser um extraordinário país agora e no futuro", rematou.

Paulo Núncio destacou depois o ato de Marcelo Rebelo de Sousa condecorar o antigo Presidente da República, o general Ramalho Eanes

“Foi de uma enorme justiça a distinção do general António Ramalho Eanes. É um homem hoje reconhecido por todos os portugueses como um extraordinário patriota, um homem militar, um general, reconhecido pelos seus camaradas”, sustentou.

O líder parlamentar acrescentou que Ramalho Eanes foi “um homem que teve um papel importante na transição da ditadura para a democracia e que depois teve um papel central no 25 de Novembro 1975.

“Quando comemoramos em 2025 os 50 anos do 25 de Novembro, ficou muito bem ao Presidente da República ter distinguido o general Ramalho Eanes como uma figura maior da nossa democracia, como uma figura maior dessa transição da ditadura para a democracia. E esta cerimónia ficou muito a ganhar com a distinção que foi feita ao general Ramalho Eanes", acrescentou.

Lusa

Ramalho Eanes elogia discurso de Marcelo: "Mostrou de onde viemos e o que em conjunto fizemos"

Em reação ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, António Ramalho Eanes elogiou a intervenção do Presidente da República.

Para o antigo Presidente da República, o discurso passou em retrospetiva o percurso da sociedade portuguesa até aos dias de hoje. "Mostrou de onde viemos e o que em conjunto fizemos", disse.

Segundo Ramalho Eanes, que foi hoje condecorado com a medalha da Ordem Militar de Avis (sendo a primeira pessoa a ter esta distinção), a intervenção de Marcelo também não deixou de fora "os erros que foram cometidos" nem "o desafio interno" de dar garantias "aos portugueses que esta é a pátria deles" e que podem "aqui" construir o futuro.

André Ventura fala em "caminho perigoso" e garante que "Portugal não vai devolver nada" às ex-colónias 

O presidente do Chega, André Ventura, garantiu que "Portugal não vai devolver nada" às ex-colónias, seja "obras de arte ou outras riquezas”.

Reagindo ao discurso do Presidente da República, Ventura atirou que os políticos "continuam sem ter coragem de dizer que há um problema com a imigração em Portugal”.

Em relação ao discurso do chefe de Estado, o presidente do Chega referiu que este foi "propositadamente conciso" e que o único ponto positivo foi o facto de "tocar na questão dos ex-combatentes”. Algumas destas pessoas, disse, têm "pensões miseráveis", não tendo uma "vida digna".

Além disso, o líder do segundo partido com mais deputados no Parlamento, referiu que não se pode entrar "no caminho perigoso de dizer" que Portugal é "culpado pelo esclavagismo, pelo que aconteceu nas ex-províncias ou começar a querer devolver de obras de arte ou qualquer riqueza portuguesa”.

Por isso, "o Governo que tentar devolver alguma coisa" será "derrubado no dia seguinte" pelo Chega.

Carlos César (PS) pede "firmeza" para "não dar caminho a tendências totalitárias"

Carlos César, presidente do PS, defendeu que é preciso “firmeza pedagógica e política para não dar caminho a tendências totalitárias e que pululam hoje”.

O socialista alertou para a necessidade de não haver desatenções "em relação a estes fenómenos de tentativa totalitária". "A atenção não é só dos políticos, mas dos portugueses, que não devem confundir a necessidade de resolver problemas com derivas totalitárias e ditatoriais que não resolvem problema nenhum, pelo contrário, adensam a angústia e inaptidão do Estado com cidadãos”, sublinhou.

Carlos César justificou que estas tendências evitam-se “governando bem, resolvendo problemas e demonstrando que democracia é o cenário próprio”. “Não há regime alternativo que respeite as pessoas e possa ser a sede própria da resolução dos problemas”, acrescentou.

Terminadas as intervenções, segue-se o desfile militar

Após as intervenções de Lídia Jorge e de Marcelo Rebelo de Sousa, segue-se o desfile militar, com várias esquadras aéreas a sobrevoar a marina de Lagos.

Desfilam agora os antigos combatentes, seguidos das escolas militares e das forças apeadas.

Seguem-se os militares equipados para combate e a banda do exército.

Agora é a vez dos fuzileiros desfilarem e fazer o tradicional "Grito do Fuzileiro".

Desfilam depois os membros da Polícia Aérea, as tropas de operações especiais e os paraquedistas (que seguirão para a República Centro-Africana em missão da NATO).

Após a escolta a cavalo do Colégio Militar, desfilam agora as forças motorizadas.

Ramalho Eanes já foi condecorado

O general António Ramalho Eanes, o primeiro Presidente da República pós-25 de Abril, já foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa.

É o primeiro condecorado com a Ordem Militar de Avis.

O antigo chefe de Estado está visivelmente emocionado.

Ramalho Eanes esteve presente na cerimónia do 10 de Junho, onde foi condecorado com a Ordem Militar de Avis.
Ramalho Eanes esteve presente na cerimónia do 10 de Junho, onde foi condecorado com a Ordem Militar de Avis.Foto: José Sena Goulão / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa fala agora. "Não há quem possa dizer que é mais puro e português do que qualquer outro"

Fala agora Marcelo Rebelo de Sousa. É a última intervenção que faz, enquanto chefe de Estado, num 10 de Junho.

Começa por destacar o papel de Lagos no passado, que já foi "ponto de encontro" e um "lugar simbólico" onde se é chamado a "recordar, a recriar e a agradecer".

"Recordar aqueles que a fizeram e vieram de todas as partes", desde "os fenícios" aos "nórdicos". "Não há quem possa dizer que é mais puro e português do que qualquer outro", atira.

Marcelo Rebelo de Sousa fez o seu último discurso num 10 de Junho.
Marcelo Rebelo de Sousa fez o seu último discurso num 10 de Junho.Foto: José Sena Goulão / Lusa

Marcelo fala também que Portugal não é "um país abstrato" e pede que se "recrie" uma nação "mais numerosa, mais educada, mais atraída" a ficar em Portugal.

É necessário portanto "cuidar do mar, dos oceanos, essa valia muito nossa. Temos de não a menorizar. Temos de cuidar da nossa relação dos Estados que falam português. Recriar Portugal é a nossa obrigação primeira neste novo ciclo da nossa História".

Releva ainda que, de entre todos os poetas, Camões é o único poeta no dia nacional e refere que "recriar Portugal é reler Os Lusíadas. Recordação do passado, mas aposta do futuro quando Portugal parecia condenado a morrer".

Faz depois a ponte com a condecoração que vai atribuir a Ramalho Eanes, que é inédita. “Nascemos e tornámo-nos independentes" devido aos militares. E é essa a "gratidão" que se quer "testemunhar em Lagos, justifica Marcelo Rebelo de Sousa.

Lídia Jorge faz a primeira intervenção. "Tal como nós, Camões viveu um período de transição"

A escritora Lídia Jorge, este ano escolhida para presidir à Comissão Organizadora das celebrações do 10 de Junho, fala agora.

Começa por relembrar que a cidade, "livre", volta a receber um 10 de Junho após tê-lo feito em 1996. A escritora, que também é conselheira de Estado, recorda também a proximidade a Sagres, de onde se saía para África. Lagos, diz, é um "polo aglutinador de interesse cultural".

Lembra depois que se assinalam os 500 anos do nascimento de Camões, e o "papel decisivo" do poeta em fixar "uma língua nova", o português que perdura até hoje.

Com a intervenção muito focada no papel de Camões na cultura (a quem chama "o poeta maior"), Lídia Jorge destaca que na obra do poeta há várias "coincidências" que nos ajudam a compreender os tempos que se vivem. "Tal como nós, viveu momentos de transição", destaca, acrescentando que "Os Lusíadas expressa corajosas verdades dirigidas ao rosto dos poderes que elogia".

Equipara depois Luís de Camões a William Shakespeare e a Miguel de Cervantes e refere que todos eles "expuseram o domínio" dos impérios em que viviam. Já nessa altura, refere, "figuras emergidas, vindas do campo da psicopatologia, emergem ao poder".

Lídia Jorge, escritora que presidiu às comemorações do 10 de Junho, destacou o papel histórico de Lagos.
Lídia Jorge, escritora que presidiu às comemorações do 10 de Junho, destacou o papel histórico de Lagos.Foto: José Sena Goulão / Lusa

No mundo atual, em que está a acontecer um "surgimento de um novo tempo", "os cidadãos são reduzidos à condição de seguidores", considera.

Lídia Jorge fala depois no simbolismo histórico de Lagos, onde vários "escravos raptados ao largo da costa da Mauritânia" desembarcaram e cujos acontecimentos se conhecem pelo "cronista do Infante D. Henrique".

Depois, a escritora refere que ninguém tem "sangue puro" e que "a falácia da ascendência pura" não existe. O povo português "é uma soma" do nativo e de outras proveniências, como "piratas". No século XVII, recorda, 10% dos portugueses "eram descendentes" de africanos.

Talvez "essa consciência" seja a forma de "combater o revisionismo histórico que nos assola".

Num discurso que já vai longo, Lídia Jorge aborda ainda o papel do povo em "derrubar uma longuíssima ditadura" que permitiu a Portugal "entrar num grupo de países que quer a paz".

Presidente da República chega às cerimónias

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já está nas cerimónias.

Antes, José Pedro Aguiar-Branco (presidente da Assembleia da República) e Luís Montenegro (primeiro-ministro) já estão no local.

Entoa-se agora o hino nacional e são dadas 21 salvas de tiros.

De seguida, Marcelo passa em revista as Forças Armadas (das quais é comando supremo, segundo a Constituição) presentes nas cerimónias do 10 de Junho.

É também o último 10 de Junho de Marcelo Rebelo de Sousa.

Segue-se agora um minuto de silêncio em homenagem aos mortos em combate ao serviço de Portugal. Os caças F16 da Força Aérea sobrevoam a cidade de Lagos.

Marcelo vai condecorar Eanes com grande-colar da Ordem Militar de Avis

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai hoje condecorar o antigo chefe de Estado general Ramalho Eanes com o grande-colar da Ordem Militar de Avis, durante a cerimónia do 10 de Junho em Lagos.

Esta informação foi hoje divulgada pela Presidência da República.

De acordo com o portal das ordens honoríficas, "a Ordem Militar de Avis destina-se a premiar altos serviços militares, sendo exclusivamente reservada a oficiais das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana, bem como a unidades, órgãos, estabelecimentos e corpos militares".

Segundo a Presidência da República, esta será a primeira vez que é atribuído o grande-colar da Ordem Militar de Avis, o mais alto grau desta ordem militar.

O general Ramalho Eanes foi o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio universal em democracia, nas presidenciais de 1976, e cumpriu dois mandatos na chefia do Estado, até 1986.

Em novembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-o como "um sábio atento ao presente e ao futuro" e em janeiro deste ano, quando o antigo Presidente completou 90 anos, agradeceu-lhe pelo serviço prestado a Portugal.

"Serviu Portugal nas Forças Armadas. Serviu Portugal no 25 de Abril. Serviu Portugal durante a revolução. Serviu Portugal antes, durante e depois do 25 de Novembro de 1975. Serviu Portugal com a sua candidatura à Presidência da República. Serviu Portugal com a sua recandidatura e reeleição no segundo mandato na Presidência da República", escreveu o chefe de Estado, numa mensagem de felicitações a Ramalho Eanes.

António Ramalho Eanes nasceu em Alcains, Castelo Branco, em 25 de janeiro de 1935.

Como militar, participou na Guerra Colonial. Depois do 25 de Abril de 1974, foi o comandante operacional do 25 de Novembro de 1975, que marcou o fim do chamado Período Revolucionário em Curso (PREC), e chefiou o Estado-Maior do Exército.

Após deixar a Presidência da República, veio a liderar o Partido Renovador Democrático (PRD), força política que nasceu quando estava a terminar o seu segundo mandato, inspirada na sua figura, e que foi a terceira mais votada nas legislativas antecipadas de 1985.

Lusa

EUA destacam papel de Lisboa na NATO ao felicitar Portugal pelo dia nacional

Os Estados Unidos felicitaram hoje Portugal pela celebração do dia nacional português e destacaram que Lisboa, enquanto aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), “desempenha um papel importante no reforço da segurança transatlântica”.

“Em nome dos Estados Unidos da América, felicito o povo português pela celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”, afirmou, num comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Mark Rubio.

“Enquanto aliado empenhado na NATO, Portugal desempenha um papel importante no reforço da segurança transatlântica. Contamos com Portugal e com todos os aliados da NATO para aumentarem o seu compromisso com os gastos em defesa até aos 5% do PIB”, afirmou.

Para Rubio, este compromisso “é uma pedra angular essencial” da dissuasão conjunta. 

“A partilha de responsabilidades reforça a Aliança Atlântica, consolida a paz através da força e assegura que estamos preparados para enfrentar, em conjunto, as ameaças atuais”, sublinhou.

Rubio manifestou a vontade de continuar a trabalhar em conjunto para aprofundar a cooperação bilateral a nível económico e no domínio da defesa, bem como em aumentar o comércio e o investimento, e combater tanto a imigração ilegal como o crime organizado.

“Estes esforços promovem a nossa segurança e prosperidade comuns, contribuindo para proteger a soberania e a segurança dos nossos cidadãos. Com mais de 1,3 milhões de luso-americanos a contribuírem para todos os setores da vida nos Estados Unidos, esta é uma parceria baseada não só num alinhamento estratégico, mas também numa ligação humana. Juntos, continuaremos a construir um futuro seguro e próspero para as gerações vindouras das nossas nações”, afirmou Rubio.

Lusa

Ramalho Eanes foi o primeiro a ser condecorado com a Ordem Militar de Avis.
Presidente otimista espera dar posse ao novo Governo antes do 10 de Junho
Ramalho Eanes foi o primeiro a ser condecorado com a Ordem Militar de Avis.
Marcelo: "Eu sei que isto não é muito próprio, comer em frente de câmaras. Quer dizer, não era!"

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