"Substituição da PGR é talvez a decisão mais estranha tomada pela geringonça"
"A não recondução da Dra. Joana Marques Vidal é algo que eu considero muito estranho, estranhíssimo", declarou o ex-Presidente da República Cavaco Silva, à margem de um congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
Citado nesta quarta-feira pelo site da Rádio Renascença, o ex-Chefe do Estado e antigo líder do PSD sublinhou que o contributo de Joana Marques Vidal, cujo mandato termina a 12 de outubro, foi decisivo para a credibilidade do Ministério Público em Portugal.
"Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada no mandato do governo que geralmente é reconhecido como geringonça", disse Cavaco, referindo-se ao executivo socialista de António Costa, que governa com o apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português.
Lucília Gago foi anunciada na semana passada como sucessora de Joana Marques Vidal na Procuradoria-Geral da República. A não recondução de Marques Vidal, tema que há meses fazia correr tinta nos jornais, causou alguma controvérsia entre os partidos políticos.