Rio ao ataque: "DGS não tem estado completamente à altura"
"Acho que na parte da DGS não tem estado completamente à altura, isso parece-me evidente."
Falando esta manhã com jornalistas, depois de uma visita ao aterro de Sobrado, em Valongo, o presidente do PSD considerou que "nunca houve uma linha de conduta" na DGS para o combate à pandemia do covid-19.
"Na parte técnica, a Direção-Geral de Saúde não tem estado à altura do problema. Parece-me evidente. Não vou fazer aqui uma retrospetiva, mas foram ditas determinadas coisas e passado algum tempo foi dito o seu contrário e depois baralhado", disse Rui Rio, dando como exemplo a questão do uso da máscara ("disseram que não serviam para nada e agora são absolutamente indispensáveis").
Rio assegurou, no entanto, que o PSD não vai mudar a atitude "construtiva" face ao Governo que adotou desde o início da pandemia.
"É dever de todos nós, a começar pelo PSD, enquanto partido da oposição, procurar cooperar e ajudar o país a ultrapassar isso. Isso não mudarei nunca. Outra coisa completamente diferente é alertar para um ou outro erro, uma ou outra insuficiência que vai acontecendo ao longo do processo no sentido de que este corra melhor", afirmou.
Acrescentando: "O facto de eu e todos termos constatado que em Lisboa e Vale do Tejo correu mal, não quer dizer que por eu referir isso, que é evidente, a partir de agora vá ser uma posição tal para que as coisas corram pior ainda. Claro que não, vou sempre fazer tudo para que as coisas corram melhor. E fazer tudo para que as coisas corram melhor faz também parte o reparo que fiz."
Ou seja, a "pandemia não é mais perigosa agora do que era há três ou quatro meses, nem prejudica mais os portugueses do que há três ou quatro meses", razão pela qual, garantiu, não mudará "rigorosamente nada" na sua conduta.
O líder social-democrata falou ainda da TAP, insistindo na ideia de que "não vale a pena meter um euro sem um plano negócios consistente para o futuro".
Se não for assim, disse, a TAP continuará a ser um "sorvedouro de dinheiros públicos brutal", o que, aliás, segundo considerou, sempre foi, tanto sendo privada como agora nesta "coisa intermédia" em que se encontra (o Estado é acionista mas a gestão é privada).
Para Rio, "se o Estado mete dinheiro então tem de ser o Estado a assumir a gestão" da empresa, retirando-a então da categoria de companhia aérea "regional" que "centra a sua atividade em Lisboa e esquece o país".