PSD garante modernização das fragatas Vasco da Gama

Garantir a operacionalidade das fragatas MEKO era uma das exigências do PSD para aprovar a proposta de Lei de Programação Militar.

O PS aceitou transferir 125 milhões de euros para modernizar as fragatas Vasco da Gama e mais cinco milhões para a área da ciberdefesa, garantindo assim a aprovação da Lei de Programação Militar (LPM), informou esta segunda-feira o PSD.

Em comunicado, o PSD disse haver já uma proposta conjunta - a discutir terça-feira na especialidade em sede de Comissão parlamentar de Defesa - com o PS e o CDS que acomoda a exigência social-democrata de manter operacionais as fragatas da classe Vasco da Gama.

Lembrando que se absteve durante a votação na generalidade devido a "algumas lacunas" detetadas na proposta de LPM, as quais "foram corroboradas [...] pelos chefes militares", o PSD recordou que a ausência de qualquer verbas para modernizar as fragatas Vasco da Gama era uma "linha vermelha" para os sociais-democratas.

A proposta de LPM, que se previa estar aprovada há muito e envolve investimentos de quase cinco mil milhões de euros nas Forças Armadas durante os próximos 12 anos, demorou semanas a ser agendada para discussão na especialidade depois de aprovada na generalidade.

A proposta conjunta do PSD, PS e CDS, que mantém a tradicional sintonia desses três partidos em matéria de defesa e contra as posições do BE e do PCP, "demonstra que o PSD tinha razão e que interpretou corretamente as quais as efetivas necessidades das Forças Armadas", sublinharam os sociais-democratas.

A realocação daquelas verbas, mais os cinco milhões de euros adicionais para a área da ciberdefesa, vai afetar o programa do navio polivalente logístico (LPD, sigla em inglês), cuja construção de raíz nos estaleiros da West Sea em Viana do Castelo previa um montante de 300 milhões de euros.

A aquisição de um LPD está há anos na LPM mas tem vindo a ser sucessivamente adiada. Uma possibilidade que agora tem sido posta na mesa, face à necessidade de ter um nova navio reabastecedor, passa por ter uma plataforma que permita realizar aquelas duas funções - o que não é visto com bons olhos na Marinha nem há muitos exemplos noutros países.

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