A direção da bancada do PS espera, "a todo o momento", "diligências do Ministério Público" que esclareçam a história contada este sábado na manchete do DN.
Em causa está a investigação que revela a criação de dezoito contas falsas nos últimos meses com ligações evidentes a quatro militantes do PSD de Lisboa. Envolvidos estão o recém contratado consultor de redes sociais do partido, o seu pai e dois dos seus apoiantes mais próximos.
Nestas contas é feito um ataque cerrado ao governo, atribuem-se falhas de "caráter" e informações falsas a António Costa, ao candidato Pedro Marques e a outras figuras do PS como Carlos César. E elogia-se o PSD, Rui Rui e Paulo Rangel.
Carlos César, presidente do PS e líder da bancada parlamentar socialista, encarregou um grupo de trabalho interno na bancada para estudar queixas a apresentar à Entidade Reguladora da Comunicação Social e à Comissão Nacional de Eleições.
"É, tudo o indica, mais um escândalo e mais uma das vergonhas do alegado banho de ética do PSD de Rui Rio", disse César ao DN.
Tal como escrevemos este sábado, o gabinete de imprensa do PSD garantiu ao DN que o partido "não só não utiliza esse tipo de práticas, como faz questão de as combater" e mostra-se disponível para apertar as regras sobre as campanhas nas redes sociais, porque o que ali se passa "não é sustentável por muito mais tempo".