O presidente do CDS-PP desafiou hoje o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a resolver, antes das eleições presidenciais, se "vai ou não ser candidato" e se vai representar "uma vitória do centro direita ou centro esquerda".."Nessa altura, como sempre disse, reuniremos os órgãos próprios do partido que é o Conselho Nacional que deliberará sobre o apoio do CDS, mas, antes disso e até lá, convém que o atual Presidente da República resolva pelo menos uma hesitação e uma ambiguidade", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos..Em declarações aos jornalistas, à margem de um encontro com o presidente da Associação de Bares e Discotecas do Porto, o presidente do CDS-PP disse que o que Marcelo Rebelo de Sousa tem de esclarecer até às eleições presidenciais é "se vai ou não ser candidato", considerando que "mal seria o CDS declarar apoio a um candidato que depois não será"..Francisco Rodrigues dos Santos considerou também que o chefe de Estado tem de resolver uma "ambiguidade", nomeadamente, "se no dia das eleições vai querer representar uma vitória do centro direita ou centro esquerda"..As afirmações do presidente do CDS-PP surgem depois de ter sido questionado sobre a possibilidade, admitida pelo ex-dirigente centrista António Lobo Xavier, no programa da TVI Circulatura do Quadrado, de abandonar o partido caso este não declarasse apoio a Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições..Quanto a estas declarações, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou ter tido o cuidado "não só de falar com ele [António Lobo Xavier], mas de assistir ao programa e traçar uma fronteira muito clara".."Não poderia haver quaisquer dúvidas para um partido como o CDS em optar por uma via democrática, institucionalista e de direita em alternativa e preterindo outra de radicalismo, caudilhismo, aventureirismo e extremismo. Creio que para um partido humanista como o CDS, que fundou o nosso regime democrático, isso nunca estará em causa", disse, acrescentando que o partido vai optar "sempre" por uma via de "direta popular, patriótica e verdadeiramente democrática".