O estado de emergência decretado pelo Presidente da República só vigora até dia 2 de abril e é mais do que provável, como o próprio primeiro-ministro já avisou, que seja prolongado mais 15 dias. É nessa previsão que a conferência de líderes agendou para dia 1 de abril, a próxima quarta-feira, um plenário para discutir e votar a proposta de lei do governo com medidas excecionais para a habitação e eventualmente prorrogar esse estado, que obriga os portugueses ao dever de se manterem em casa, salvo as exceções previstas na lei..No dia em que anunciou as medidas excecionais para responder à crise social e económica fruto do estado de emergência, António Costa admitiu: "Ninguém sabe se daqui a 15 dias estamos a renovar este estado de emergência e vamos ser francos não será daqui a 15 dias que vai haver razões para não renovar o estado de emergência"..Esta terça-feira será o tempo do primeiro debate quinzenal em estado de emergência e que será dominado pela crise da pandemia do novo coronavírus. Um debate em que o Parlamento poderá estar a meio gás, já que foi pedido aos grupos parlamentares que reduzam a sua participação a 20% dos deputados. "Ninguém pode impedir os deputados de ir ao plenário se quiserem participar, mas foi pedido que não o fizessem todos", disse ao DN o deputado social-democrata Duarte Pacheco, na sequência da conferência de líderes que se realizou ontem. O governo também vai reduzir a sua participação. António costa deverá ir acompanhado apenas por dois membros do governo..Os apelo para que o Parlamento fique reduzido à comissão Permanente, como voltou a fazer ontem Rui Rio no Twitter, continuam a não sensibilizar o presidente da Assembleia da República. Eduardo Ferro Rodrigues tem sido apoiado pela maioria dos lideres parlamentares nesta reticência a reduzir os trabalhos parlamentares ao mínimo. Mas haverá uma nova conferência de líderes no dia 31 de março para reavaliar a situação à luz da evolução da própria pandemia no país.