Manuel Pinho não chegou a ser ouvido no DCIAP

Audição no DCIAP foi adiada. Ex-ministro da Economia falará esta tarde no Parlamento.
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O ex-ministro da Economia Manuel Pinho saiu das instalações do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, às 11:16, sozinho, tendo feito apenas a seguinte declaração: "Eu sei o que queria dizer, mas não vou dizer. O Sá Fernandes depois explica-vos."

Pouco depois, o advogado explicaria que houve "razões processuais" que levaram a que a sessão fosse adiada, segundo relata o Observador. Aguarda-se um comunicado do Ministério Público explicando a situação. "Como é sabido, o senhor juiz de instrução anulou o ato de constituição do Dr. Manuel Pinho como arguido. Portanto, o dr. Manuel Pinho não é, neste momento, arguido neste processo. Esse é um dado inquestionável", esclareceu o advogado.

Manuel Pinho tinha chegado às 10:32, meia hora depois do previsto, ao DCIAP para ser interrogado, acompanhado pelo seu advogado, Ricardo Sá Fernandes. Aí, deveria ter sido pelo procurador Hugo Neto onde deveria ter sido ouvido no âmbito do caso EDP. Em causa estarão suspeitas vindas a público de que Manuel Pinho teria recebido pagamentos através do saco azul do BES numa sociedade offshore.

Na segunda-feira, em declarações à Lusa, Ricardo Sá Fernandes disse que este interrogatório foi marcado "de supetão" e que se ia encontrar nesse dia com o seu cliente, acabado de chegar do estrangeiro.

Em maio, em comunicado, o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, revelou que o ex-ministro, que deixou de ser arguido no caso EDP, estaria disposto a prestar "todos os esclarecimentos" aos deputados, mas só depois de ser interrogado pelo Ministério Público.

Hoje, às 15:00, está agendada uma audição parlamentar com Manuel Pinho, na sequência de um requerimento do PSD.

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