Há "duas dezenas" de militares disponíveis para conduzir camiões de combustível
As Forças Armadas têm no máximo "duas dezenas de militares" habilitados a conduzir camiões de combustível que podem disponibilizar para apoio às autoridades civis em caso de necessidade, disse esta quarta-feira ao DN o comandante Coelho Dias.
Segundo o porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), o transporte de combustíveis "não é uma missão militar" que justifique ter muitos operacionais habilitados para esse efeito.
Até ao momento não houve qualquer pedido de apoio dirigido às Forças Armadas para fazer face aos efeitos da greve geral dos motoristas de camiões com substâncias perigosas, adiantou Coelho Dias, confirmando que poderão ser disponibilizados menos de "duas dezenas" de militares caso seja necessário.
Coelho Dias escusou-se a confirmar a informação dada esta manhã pela SIC, de que há "15 militares" - oito do Exército, cinco da Força Aérea e dois da Marinha - prontos a deixar os quartéis para substituir os motoristas em greve.
O reduzido número desses militares habilitados a conduzir camiões com combustível explica-se pelo facto de o abastecimento às unidades militares ser feito por empresas privadas.
Contudo, a Força Aérea terá seguramente mais de uma dezena de profissionais certificados para isso, dado que o transporte do combustível para as aeronaves é feito por militares - e em bases operacionais como Monte Real, Montijo ou Beja haverá vários em cada uma.
Na Marinha o número não chegará aos cinco e praticamente todos estão preparados para conduzir armas e explosivos, pois o abastecimento dos navios é feito através de pipelines, admitiram fontes do ramo
O número de militares do Exército habilitados a conduzir combustíveis será pouco superior a uma dezena, embora existam outros certificados para manobrar viaturas com explosivos e cuja formação difere da ministrada aos primeiros.