Almirante convicto que "casos mediáticos" não abalam confiança nas Forças Armadas

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O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) considera que os portugueses continuam a valorizar a instituição militar, apesar do ano "abalado por casos mediáticos" por que passou.

"Num ano abalado por diversos casos mediáticos, estou convicto de que os portugueses continuam a ter confiança e orgulho nas suas Forças Armadas, não confundindo tais situações com uma instituição estruturante da Nação", afirma o almirante António Silva Ribeiro, na mensagem de Natal dirigida aos militares e civis das Forças Armadas.

Na mensagem, a difundir este sábado em vídeo nas redes sociais, o CEMGFA sustenta que "por mais difíceis que sejam os problemas, prevalecem sempre os princípios da virtude e da honra, e os valores da disciplina, da lealdade, do zelo, da coragem, da integridade, da honestidade e da responsabilidade".

"São estes princípios e valores, incorporados na conduta militar e transportados, diariamente, para o cumprimento das missões, que dão reputação e prestígio às Forças Armadas", sustentou.

O ano de 2018 foi marcado pelas detenções de militares por causa do furto e recuperação de material de guerra em Tancos em 2017, caso que levou à demissão do ministro da Defesa Azeredo Lopes e do então chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

Silva Ribeiro, aludindo às "elevadas restrições financeiras" com que lidam as Forças Armadas, diz que os militares estão colocados perante o desafio de as ultrapassar e reafirma a necessidade da "melhoria contínua do desempenho".

Com base no esforço de "superação e adaptação", o CEMGFA exorta ainda os militares a pautar a sua "conduta coletiva pela salvaguarda dos princípios e dos valores" das Forças Armadas.

Na quadra de Natal, época do ano "especialmente difícil" para os que estão em missão e para as famílias, Silva Ribeiro saúda ainda os militares que contribuem para "garantir a segurança, no território nacional e além-fronteiras" - com espírito de sacrifício e por vezes "correndo grandes riscos".

O CEMGFA visitou este mês as forças destacadas na República Centro-Africana e Afeganistão, no primeiro caso acompanhando o ministro da Defesa e, em Cabul, o primeiro-ministro.

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