"Fato de Mário Centeno não é à medida das necessidades do país"
"Quando hoje António Costa diz que a solução de 2015 não teria sido possível se o Bloco de Esquerda tivesse mais peso, o que nós sabemos é que foi o peso do Bloco de Esquerda que foi fundamental para todas estas medidas e que elas não seriam possíveis sem a força desta esquerda", respondeu Pedro Filipe Soares, candidato do BE por Lisboa, durante o almoço de campanha do BE que este sábado decorreu na FIL.
O líder parlamentar do BE falou de um momento que considerou marcar esta corrida eleitoral às legislativas: a discussão de quem tinha o melhor Centeno [ministro das Finanças do atual governo]. "Centeno, agradado com esta comparação, disse que isso não lhe chegava e disse que os outros querem agora vestir o fato que desenhamos e preparamos, como se com o nosso fato todos parecessem homenzinhos", citou.
Assim, segundo o candidato por Lisboa do BE, "depois de Centeno, o ministro das Finanças, agora temos Mário Centeno, o alfaiate do país". "A verdade é que o fato de Mário Centeno não é à medida das necessidades do país. Pode ser à medida de uma maioria absoluta do PS, mas sabemos, esses fatos de maioria absoluta são sempre curtos para as necessidades do país, para as necessidades de quem trabalha", avisou.
Continuando na metáfora do fato, para Pedro Filipe Soares, "há dois defeitos de fabrico destes fatos". "O primeiro é que o tecido não aguenta a máquina das cativações e a cada orçamento ele encolhe, ele encolhe, ele encolhe. As medidas estiveram sempre erradas", criticou.
As perguntas que o candidato bloquista faz é se o "fato" de Centeno estivesse aplicado desde 2015, "se os pensionistas teriam tido aumentos das suas pensões", ou se teria havido redução do valor das propinas ou eliminação do corte nos salários.