Bombardeiro furtivo B-2 dos EUA reabastece na base das Lajes

Aeronave vai participar num exercício de interoperabilidade com os aliados europeus face à crescente ameaça militar da Rússia
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Um bombardeiro furtivo B-2 Spirit da Força Aérea norte-americana escalou segunda-feira a base aérea das Lajes, nos Açores, no âmbito de uma missão de interoperabilidade entre aliados.

De acordo com o major Ross Jones, coordenador da operação e piloto desse tipo de aeronaves, a missão envolveu a deslocação de dois B-2 para a realização de exercícios de interoperabilidade com os aliados europeus dos EUA.

"A nossa missão é assegurar aos nossos aliados que temos os meios e a vontade para protegê-los e para dissuadir os nossos adversários de agressões a nível internacional", precisou Ross Jones.

A aeronave partiu da base aérea de Whiteman, no Missouri, com destino à base aérea britânica de Fairforth, mas parou na ilha açoriana da Terceira - onde Washington mantém uma presença militar - para um abastecimento 'hot pit' (com os motores ligados) que demorou cerca de duas horas.

Há vários anos que a base aérea das Lajes - onde os americanos reduziram significativamente a sua presença militar - não assistia à aterragem de um bombardeiro B-2.

Os B-2 são bombardeiros com capacidade para transportar munições convencionais e nucleares.

Os exercícios combinados dos EUA com aliados da NATO ocorrem num período de crescente ameaça militar da Rússia à Europa e de fortes dentro da Aliança devido às posições da Administração Trump.

Este exercício ocorre também numa altura em que acaba de rebentar um escândalo em torno das escalas feitas por aeronaves de transporte da Força Aérea dos EUA, nomedamente C-17 em trânsito para a Europa e o Médio Oriente, num aeroporto da Escócia situado nas proximidades de um hotel pertencente a Donald Trump (onde os militares também ficaram instalados).

Essas escalas passaram a ocorrer após a eleição de Donald Trump e permitiram que tanto o aeroporto de Prestwick como o hotel Trump Turnberry deixassem de ter prejuízos de milhões, passando a ter lucros em 2018.

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