Assunção Cristas não acredita em maiorias absolutas de um só partido em 2019

Líder do CDS considera o termo "geringonça" simpático para as esquerdas
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A presidente do CDS-PP confessou esta terça-feira que não sabe como atrair jovens à política, não acredita numa maioria absoluta de um partido nas próximas eleições e não gosta do termo "geringonça" por ser "muito simpático" para as esquerdas.

Esta é a síntese possível de uma quase hora de conversa de Assunção Cristas num encontro com jovens do Conselho Nacional de Juventude, na sede do CDS-PP, em Lisboa, em que também repetiu que jamais fará um acordo com o PS de António Costa, que optou por aliar-se às "esquerdas mais radicais".

A estratégia de Cristas, repetida esta terça-feira aos jovens, foi mesmo garantir que, nas eleições legislativas de 2019, o bloco de centro-direita, PSD e CDS, possam ter maioria no parlamento, mais de 116 deputados, seguindo os centristas uma estratégia de oposição e também apresentar alternativas.

"Os tempos não estão para maiorias absolutas nem para a direita nem para a esquerda", afirmou, e "não é desejável", afirmou.

Se assume querer formar parte de um bloco político à direita, Cristas admite não gostar de usar o termo "geringonça" para designar o acordo entre PS, PCP, BE e PEV, existente desde 2015, popularizado pelo seu antecessor Paulo Portas, a partir de um artigo de Vasco Pulido Valente.

"É demasiado simpático", afirmou, preferindo, antes, as "esquerdas unidas" ou "esquerdas encostadas", que se encostam quando dá jeito e desencostam quando não dá jeito.

Até às legislativas de 2019, promete trabalhar "para que haja 116 deputados no centro-direita", afirmou ainda a líder e ex-ministra que, logo no início do colóquio organizado pelo Conselho Nacional de Juventude, sobre os temas que influenciam o futuro dos jovens em Portugal, fez a confissão de não saber como atrair jovens para a política.

Nas conversas com os filhos, Assunção Cristas afirmou ouvir como resposta: "Mãe, os meus colegas não querem saber de política". A mãe e líder compreende até porque, quando era jovem, só "vagamente" se interessava por política.

Depois de ter sido ministra, ser deputada e presidente de um partido político esforça-se por explicar aos jovens que a "política não é nada estratosférico" e é algo que determina as suas vidas.

Assunção Cristas participou esta terça-feira no colóquio "Escolher o Futuro", organizado pelo Conselho Nacional de Juventude, e que foi uma conversa informal sobre a perspetiva dos centristas acerca dos temas que influenciam o futuro dos jovens em Portugal.

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