Quando chegou a Lisboa, depois de sete anos a viver em Bruxelas, Ignacio Vázquez Moliní vinha por três anos. Passados 26, continua por cá, dividindo o seu tempo entre a capital portuguesa e Almonaster la Real, na Andaluzia, onde tem raízes e uma casa de família.
Advogado, funcionário europeu, doutor em Filologia Hispânica e escritor, Moliní lembra o choque do primeiro contacto com a língua portuguesa falada pelos lisboetas - "mais parecia uma língua balcânica, parecia servo-croata", recorda, com risos.
Autor de vários livros, um deles traduzido para português A Embaixada Vermelha, Moliní é um grande apreciador de literatura portuguesa. E garante mesmo: "Eça de Queiroz é o melhor escritor mundial do século XIX" e "vale a pena fazer o esforço de aprender português" só para poder lê-lo no original.
Este é o 4.º episódio do podcast Gente Que Veio de Fora, com a jornalista Helena Tecedeiro, que nos dá a conhecer estrangeiros que escolheram Portugal como sua casa.