Santa Casa investiga concorrente de "Casa dos Segredos"
O Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) deu início "a um processo de averiguação" de um alegado "sistema fraudulento de raspadinhas" que tem sido noticiado em alguns órgãos de comunicação, na sequência de declarações feitas por Carla Silva, uma das concorrentes de Casa dos Segredos 6, dentro do reality show da TVI apresentado por Teresa Guilherme.
A participante açoriana, que trabalha numa tabacaria no aeroporto de São Miguel, falou aos colegas de casa sobre o cunhado, que tem por hábito comprar "blocos inteiros de raspadinhas" no seu local de trabalho. "Por exemplo, eu vendo-lhe um bloco e naquele bloco, ele só raspou 10, sai-lhe 500 euros. Eu devolvo o bloco, levo-o para dentro, estás a ver? Depois vendo aquele bloco, já sei que não tem nada, já saiu o maior prémio. Estás a ver as facilidades que a gente faz lá?", disse a concorrente, acrescentando que o cunhado já ganhou, por duas vezes, mil euros nas raspadinhas, e 500 euros em outras duas ocasiões.
Numa declaração enviada ao nosso jornal, a Santa Casa frisa ser "totalmente alheia aos factos relatados na respetiva notícia, reportando os mesmos a uma situação, eventualmente, ocorrida num mediador dos jogos sociais do Estado", o qual está a ser "averiguado" de momento.
No mesmo documento, a instituição esclarece que não existe apenas um prémio em cada maço de raspadinhas. "Contrariamente ao que é referido, os prémios da Raspadinha são distribuídos de forma aleatória pela emissão total dos jogos, de acordo com um plano de prémios previamente definido, disponível para consulta no verso de cada bilhete de jogo, desconhecendo a SCML em que maços se encontram os mesmos", remata a Santa Casa da Misericórdia.