Manuel Maria Carrilho emocionado em tribunal
Na quarta sessão do julgamento que opõe Bárbara Guimarães a Manuel Maria Carrilho, acusado de violência doméstica e difamação, foi retomada a leitura de notícias publicadas na imprensa sobre o processo de separação e divórcio, que começou em outubro de 2013. Desta vez, foi a juíza Joana Ferrer quem as leu em voz alta, pedindo à apresentadora da SIC para as comentar de seguida.
Uma das entrevistas que levou Bárbara a alongar-se mais do que o normal foi publicada na revista Flash em novembro de 2013. Nela, o antigo ministro da Cultura acusava-a de ter sequestrado os filhos e de lhes ter feito uma "lavagem cerebral". "Essa ideia do sequestro é mentira. Ele tinha acesso aos filhos dele, se quisesse. O objetivo dele era denegrir-me enquanto mãe, atingir-me e acabar com tudo o que estivesse à minha volta", disse a anfitriã, negando ainda, uma vez mais, a dependência de bebidas alcoólicas.
Numa outra notícia, publicada na revista Lux nesse mesmo mês, Carrilho acusou a mãe dos seus filhos de desleixo para com a cadela da família, que morreu em 2011. Após a leitura, Bárbara apresentou o motivo da morte de Lolita. "Houve um dia em que estávamos a ter uma discussão no carro e eu fui para o banco de trás ter com a minha filha [Carlota], que começou a chorar. A Lolita tinha o hábito, quando chegávamos à quinta, de saltar pela janela e começar a correr por ali fora. Eu dizia 'Cuidado com a Lolita', e ele 'Mas eu quero lá saber da p*** da cadela'. Ela acabou por saltar e foi atropelada".
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Bárbara explicou ainda que sempre foi cuidadosa com o animal de estimação. "Os meus cuidados com ela chegavam ao ponto de eu levá-la ao veterinário para cuidar dos dentes, para uma destartarização. Ela tinha 12 anos e era saudável. Ela ia ter com ele com o rabo entre as pernas, chegava a fazer xixi até chegar ao pé dele. Ela não gostava dele".
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Terminada a leitura das entrevistas, Bárbara expressou o seu alívio. "Também eu tenho uma profunda pena disto tudo", desabafou ainda a juíza. Seguiu-se a exibição da longa entrevista que Manuel Maria Carrilho deu à CMTV, em novembro de 2013, na qual negou as acusações de violência doméstica, acusou Bárbara de ser alcoólica e de querer protagonismo público. A determinada altura da gravação, Carrilho, em tribunal, deixou escapar algumas lágrimas, retirando os óculos do rosto para poder limpá-las. Emocionado, fixou ainda os olhos no teto, várias vezes, como que para se abstrair.
A quarta audiência está ainda a decorrer no Campus da Justiça, em Lisboa. Nesta tarde de sexta-feira, continuarão a ser exibidas entrevistas televisivas, pelo que as nove testemunhas que estavam previstas ser ouvidas, serão recebidas apenas a dois de setembro. No dia 16 desse mês, o filho mais velho do ex-casal, Dinis Maria, de 12 anos, será também ouvido pela juíza Joana Ferrer.