Libertados três suspeitos do roubo a Kim Kardashian, um deles o motorista
Até agora, as joias não foram encontradas, mas a polícia "apreendeu cerca de 200 mil euros" nas buscas efetuadas
A justiça francesa libertou hoje três pessoas e manteve 14 em prisão definitiva no âmbito do inquérito ao roubo da vedeta norte-americana Kim Kardashian em Paris, em outubro, disse fonte judiciária.
O motorista de uma empresa de transporte de personalidades, usada pela família Kardashian quando se encontra em Paris, um homem e uma de três mulheres, todos detidos na segunda-feira, foram libertados sem qualquer acusação, acrescentou a mesma fonte.
Entre os detidos que continuam a ser ouvidos pelos investigadores, cinco são suspeitos de terem participado diretamente no roubo, incluindo dois homens de 60 e 72 anos, referenciados pela polícia.
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O DNA do homem de 60 anos foi encontrado no local do crime e na mordaça que foi colocada na vedeta norte-americana.
Outros são suspeitos de terem participado na venda das joias, nomeadamente um homem de 64 anos, condenado em 2011 por roubos agravados e que foi absolvido no ano passado num caso de dinheiro falso.
Neste inquérito, aberto por "roubo com arma por grupo organizado", a prisão preventiva pode ser prolongada até às 96 horas, ou seja, até sexta-feira.
Até agora, as joias não foram encontradas, mas a polícia "apreendeu cerca de 200 mil euros" nas buscas efetuadas, indicou a mesma fonte.
As investigações, que resultaram na segunda-feira na detenção de 17 pessoas na região parisiense e no sul de França, poderão orientar-se para Antuérpia (Bélgica), placa giratória do comércio de diamantes, onde foram vistos dois suspeitos.
Na madrugada de 03 de outubro, a vedeta, de 36 anos, foi atacada por cinco homens armados, numa residência hoteleira de luxo no centro de Paris, onde se encontrava para assistir à semana da moda da capital francesa.
Depois de terem amarrado e amordaçado Kim Kardashian, que fecharam na casa de banho, os assaltantes fugiram com um anel no valor de quatro milhões de euros e um cofre de joias, cujo montante foi avaliado em cinco milhões.
Avaliado em nove milhões de euros, este foi o mais importante roubo de joias cometido em França nos últimos 20 anos.
O roubo das joias de Kim Kardashian inscreve-se numa série de agressões que visam estrangeiros ricos, que mancham a imagem de Paris, primeiro destino turístico do mundo, em campanha para reconquistar turistas, na sequência dos atentados terroristas de novembro de 2015.
Habitualmente presente nas redes sociais, com 49,4 milhões de seguidores no Twitter e 89,9 milhões no Instagram, Kim Kardashian e o marido, o 'rapper'-produtor Kanye West, surgiram em 2015 na lista das 100 personalidades mais influentes no mundo da revista norte-americana Time.
Nos últimos três anos, Kim Kardashian ganhou sozinha 131 milhões de dólares, de acordo com o 'site' da revista norte-americana Forbes.